COMENTÁRIO SETEMBRO 2019 DI BLASI CONSULTORIA FINANCEIRA LTDA CNPJ 03.866.812/0001-02 CONSULTORIA DE INVESTIMENTOS HABILITADA PELA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS – CVM www.diblasiconsultoria.com.br Prezados, O COPOM promoveu novo corte na taxa de juro SELIC para 5,50% ao ano, reforçando as medidas de estímulo ao consumo e ajuda na retomada do crescimento da economia. O mercado espera […]
COMENTÁRIO SETEMBRO 2019 DI BLASI CONSULTORIA FINANCEIRA LTDA CNPJ 03.866.812/0001-02 CONSULTORIA DE INVESTIMENTOS HABILITADA PELA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS – CVM www.diblasiconsultoria.com.br Prezados, O COPOM promoveu novo corte na taxa de juro SELIC para 5,50% ao ano, reforçando as medidas de estímulo ao consumo e ajuda na retomada do crescimento da economia. O mercado espera novo corte ainda neste ano, de forma que a taxa de juro seja trazida para baixo dos 5% ao ano. Apesar da conjuntura internacional, onde o cenário se mantém desafiador, devido as disputas comerciais entre Estados Unidos e China, risco de recessão global e juros em baixa nos países desenvolvidos. A tendência global é de um Dólar forte, impulsionado exatamente pela incerteza externa e pela desaceleração da economia internacional. Contudo, o mercado doméstico parece ter prevalecido nas análises da equipe do Banco Central para o corte nos juros, com as projeções para a taxa de inflação sob controle. Neste aspecto, os dados de mercado (IBGE) mostram inflação (IPCA) dentro do intervalo da meta traçada pelo governo. Para 2019, os economistas das instituições financeiras trabalham com estimativa de inflação de 3,43%. O quadro a seguir apresenta algumas estimativas extraídas do relatório Focus: ESTIMATIVAS DO RELATÓRIO FOCUS PREVISÃO 2019 Produto Interno Bruto (PIB) 0,87% Inflação 3,43% Taxa básica de juros (Selic) 4,75% Dólar R$ 4,00 Balança comercial (saldo) US$ 50,55 bilhões Investimento estrangeiro direto US$ 83 bilhões Fonte: Banco Central Índice de Referência (IPCA/INPC + 6% aa) – Expectativa 2019 9,64% ao ano Índice de Referência (IPCA/INPC + 4,5% aa) – Expectativa 2019 8,08% ao ano As taxas de juro praticadas pelos Títulos Públicos Federais tiveram redução no mercado secundário. Reflete apostas do mercado em cortes mais agressivos da taxa SELIC ainda no curto prazo. A consolidação de um cenário de recuperação para a economia dependerá da capacidade de implementação do cronograma de reformas pelo Governo. COMENTÁRIO SETEMBRO 2019 DI BLASI CONSULTORIA FINANCEIRA LTDA CNPJ 03.866.812/0001-02 CONSULTORIA DE INVESTIMENTOS HABILITADA PELA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS – CVM www.diblasiconsultoria.com.br A composição da dívida pública, incluindo os seus prazos de vencimento, a moeda que é emitida e os indexadores utilizados constituem fatores que contribuem para explicar a remuneração oferecida pelos títulos públicos federais. O quadro a seguir captura o cenário de juros e indica que as taxas reais (descontada a inflação) estão abaixo de 3% ao ano nos títulos NTN-B (fundos IMA-B) em quase todos os vencimentos (vide terceira coluna da esquerda para a direita). A inflação projetada para o ano de 2019 está em 3,43%: Prazo de Vencimento Tipo de Fundo de Investimento Taxa de juro REAL ao ano Inflação projetada IPCA Rentabilidade Total NOMINAL ao ano 15/05/2021 IMA-B 1,38% 3,43% 4,86% 15/05/2023 IMA-B 5 2,17% 3,43% 5,67% 15/08/2024 IMA-B 5 + 2,56% 3,43% 6,07% 15/08/2030 IMA-B 5 + 3,06% 3,43% 6,59% Fonte: ANBIMA De acordo com o quadro abaixo, os fundos da família IRF-M (Pré-Fixados) operam abaixo do índice de referência (meta atuarial) nos vencimentos para 2020 a 2023. Vencimento Tipo de Fundo de Investimento Rentabilidade Total ao ano 2020 IRF-M 1 4,76% 2022 IRF-M 5,75% 2023 IRF-M 1+ 6,21% Fonte: ANBIMA Para o último trimestre de 2019, os olhos e medidas continuarão voltados para as questões políticas e medidas de incentivo para a economia. Assim, a alocação dos recursos está com o seguinte direcionamento: a) RENDA FIXA: deve estar centrada TÍTULOS PÚBLICOS FEDERAIS. Fundos da família IRF-M estão com taxas de juros médias aproximadas entre 4,76% e 6,21% ao ano. Fundos da familia IMA-B (mais longos) marcados a mercado capturam melhores taxas de juro, apesar de estarem sujeitos a oscilações. Os fundos CDI (referenciados) estão rodando abaixo do índice de referência, mas apresentam estabilidade de retornos. COMENTÁRIO SETEMBRO 2019 DI BLASI CONSULTORIA FINANCEIRA LTDA CNPJ 03.866.812/0001-02 CONSULTORIA DE INVESTIMENTOS HABILITADA PELA COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS – CVM www.diblasiconsultoria.com.br As taxas de juro no segmento de renda fixa estão espremidas, com pouco espaço para os ganhos significativos daqui em diante. De certa forma, o mercado financeiro já precificou a aprovação da reforma da previdência. b) RENDA VARIÁVEL (AÇÕES): O mercado de renda variável tem apresentado bom rendimento nesses últimos meses. Importante manter posição no segmento, pois a taxa de juros SELIC de 5,50% ao ano está abaixo do índice de referência e a tendência é de queda para o juro. Fundos Multimercados (com renda variável) também surgem como boa alternativa. O perfil deve ser de longo prazo e direcionado para fundos que apostam na melhora dos fundamentos da economia e seus impactos sobre as receitas empresas. Além disto, empresas estatais podem voltar a ser boas apostas, com as expectativas de eventuais planos de privatização. Depois da virtual aprovação da reforma da Previdência, a bolsa local ainda se ressente da falta de novos gatilhos para mudar de patamar. A lenta retomada do crescimento econômico certamente não ajuda.