CREDITO E MERCADO NOSSA VISÃO – 27/09/2021 29/09/2021

NOSSA VISÃO – 27/09/2021

RETROSPECTIVA

Os mercados apresentaram bastante volatilidade na semana, ao menos por aqui, tivemos um desfecho positivo, com o Ibovespa fechando no campo dos ganhos, na ordem de 1,70%, de olho no mercado internacional, na super quarta e nos dados de inflação.

Em relação a super quarta, por aqui, o Banco Central, através do COPOM (comitê de política monetária) anunciou a elevação da taxa básica de juros em um ponto percentual, colocando a Selic no patamar de 6,25%, de olho na inflação que segue bastante persistente.

Nos Estados Unidos, o FED, através do FOMC, manteve a taxa de juros inalterada por lá, mantendo a sua política econômica estável, e se pronunciou em relação ao Tapering, conhecido como o suporte à atividade econômica por lá, chegando a declarar a redução gradativa do estimulo mensal, que hoje gira em torno de US$ 120 bilhões.

Em relação aos dados de inflação, tivemos a divulgação do IPCA-15, considerado a prévia para o indicador oficial de inflação, que veio acima das expectativas de mercado, subindo 1,18%, que é maior numero para o mês de setembro desde 1994, explicando as políticas monetárias adotadas pelo Banco Central para conter a inflação dentro do centro da meta em 2022 e 2023.

E por fim, o último ponto e o que gerou maior volatilidade na semana, foi o possível risco sistêmico que a incorporadora Evergrande poderia causar no mercado, devido a sua falta de liquidez e grandes dividas.

Contudo, ao meio da semana, houve uma tranquilização advinda do governo chinês, demonstrando uma sustentação para o mercado, e até mesmo algumas declarações da própria empresa, fato é que esse assunto ainda repercutirá ainda nas próximas semanas.

RELATÓRIO FOCUS

Para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a projeção subiu, de 8,35% para 8,45% em 2021. Para 2022, a previsão para o IPCA também subiu, de 4,10% para 4,12%. Para 2023, as estimativas ficaram em 3,25%. Para 2024, as projeções ficaram em 3,00%.

A projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) permaneceu em 5,04% em 2021, após algumas semanas de queda. Para 2022, a estimativa saiu de 1,63% para 1,57%. Para 2023 ficou em 2,20% e em 2024, as projeções ficaram em 2,50%.

Para a taxa de câmbio, a estimativa foi mantida em R$5,20 em 2021. Para 2022, o valor ficou em R$ 5,24. Para 2023, a projeção permaneceu em R$5,10. No ano seguinte, o valor ficou em R$5,08.

Para a taxa Selic, os analistas mantiveram a taxa em 8,25% em 2021. Para 2022, a taxa ficou em 8,50%. No ano seguinte, a projeção foi mantida em 6,75% e 6,50 para 2024.

PERSPECTIVA

Para as próximas semanas, devemos observar a Ata do Copom, que será divulgada na Terça-Feira (28) e a divulgação da previa do PIB dos Estados Unidos, que sai na Quarta-Feira (29) e alguns PMI na Sexta (01), inclusive do Brasil e Estados Unidos.

As expectativas positivas em relação ao Brasil, passam por um processo de imunização mais eficiente.

Teremos agora que acompanhar as decisões do Bancos Centrais em relação a política monetária, que indica seguir com medidas contracionistas, tendo em vista o plano de vacinação em prática, a aceleração da inflação e os estímulos que seguem sendo despejados na economia.

Os dados indicam uma pressão no curto prazo nos preços ao consumidor amplo e isto pode levar o Banco Central a intensificar as discussões sobre o ritmo das reformas.

Podendo se esperar mais mudanças na taxa de juros no futuro próximo, como já é adiantado no relatório semanal do Banco central.

A partir disso, teremos que avaliar o andamento de reformas e em qual intensidade será elaborada, agora com a Câmara e Senado definido.

Devemos observar também o processo de imunização da população brasileira com novas vacinas podendo entrar no plano inicial e agora com possível produção nacional com a ButantanVac.

A preocupação com o quadro fiscal, o grave endividamento e teto de gastos, restando apenas esperar que o acordado seja respeitado, caso o desajuste fiscal aconteça, além de gerar desconfiança dos investidores estrangeiros, geraria um aumento inesperado e brusco na taxa de juros, por esse motivo, e do risco Brasil, fato que seria prejudicial para a o momento atual da economia.

Situação que o Brasil vem tentando evitar ao longo dos últimos anos, reconquistar os investidores estrangeiros, a partir de um quadro fiscal mais bem elaborado, uma agenda de reformas estruturais, que ocasionalmente levaria o Brasil a um controle maior sobre as receitas e gastos governamentais.

Apesar de todas as oscilações de mercado, as expectativas seguem sendo o plano de vacinação contra a Covid-19 e toda a pauta de reforma que segue sem definição pelo governo.

O mais recomendado para o atual momento é a cautela ao assumir posições mais arriscadas no curto prazo, a volatilidade nos mercados deve se manter sem ainda a desenhar um horizonte claro, em razão principalmente pelo nosso cenário político.

Mantemos nossa recomendação de adotar cautela nos investimentos e acompanhamento diário dos mercados e estratégias. Mantemos a sugestão para que os recursos necessários para fazer frente às despesas correntes sejam resgatados dos investimentos menos voláteis (CDI, IRF-M1, IDkA IPCA 2A). Para o IMA-B que é formado por títulos públicos indexados à inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que são as NTN-Bs (Notas do Tesouro Nacional – Série B ou Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais), não estamos recomendando o aporte no segmento, com a estratégia de alocação em 5%, sendo indicado para os RPPS que possuem porcentagem igual ou maior, aos que possuírem porcentagem inferior a 5%, recomendamos a não movimentação no segmento. Para aqueles que enxergam uma oportunidade de investir recursos a preços mais baratos, municie-se das informações necessárias para subsidiar a tomada da decisão.

Indicadores Diário – 24/09/2021

Índices de Referência – Agosto/2021

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