Relatório Semanal – FED , COPOM E EVERGRANDE – Os próximos passos l 27/09/2021

Caros amigos,

A semana foi bastante movimentada, com eventos importantes no âmbito nacional e internacional.

REUNIÃO DO FED – A fala de Jerome Powell surpreendeu pela assertividade em relação ao tapering e a despreocupação em relação à alta inflação corrente (vista como transitória, apesar do núcleo estar em elevados 3,7% a.a). Ele chegou a dizer que nem um mercado de trabalho mais fraco seria capaz de mudar a opinião do FED sobre o momento do tapering. Porém, a grande novidade da reunião veio da divisão dos demais participantes do encontro quanto à data provável do começo da elevação de juros – 2022 voltou para o cenário. Acreditamos que uma contração gradativa da política monetária norte-americana pode amenizar os efeitos da queda de liquidez na economia internacional, que potencialmente pode afetar a economia real e de ativos.

EVERGRANDE – Seria uma verdadeira tragédia econômica para o mundo se nesse momento a economia chinesa submergisse por conta dos efeitos da falência desorganizada de uma empresa de tal tamanho. A avant première do que poderia acontecer pôde ser vista na forte queda no preço dos metais, notadamente do minério de ferro e do aço, arrastando para baixo as cotações das ações das empresas mineradoras e siderúrgicas. A intervenção do Governo chinês faria todo sentido, mas todo o cuidado é pouco no acompanhamento desse problema que pode afetar diretamente o Brasil, dado que a China é uma grande compradora de produtos brasileiros, notadamente commodities . A elevação da aversão a risco global para os mercados financeiros atinge diretamente os países emergentes.

COPOM E IPCA – A combinação entre a decisão e o teor do comunicado seguiu uma linha mais dovish. O BC não foi incisivo no “whatever it takes” (subir o juro até o nível necessário, não importando o patamar”). A previsão de 3,7% a.a. de IPCA para 2022 está bem próxima à meta de 3,5% a.a., mesmo depois de um IPCA de 2021 que deve fechar ao redor de 8,5% anuais. O BC parece não dar a mesma importância para, por exemplo, o IPCA-15 de 1,14% de setembro (a maior leitura para o mês desde 1994) divulgado na última sexta-feira. Mais assustador foi a média dos núcleos, que atingiu 0,80% perante um índice de difusão de 69%. A curva de juros empinou após a decisão, em que o COPOM pode ter perdido a oportunidade de acelerar o ritmo da elevação da taxa SELIC para 125 pontos-base com o objetivo de conter as expectativas que parecem desancoradas.

No lado fiscal, que também influencia a decisão do COPOM, nessa semana foi costurado um acordo entre Câmara, Senado e Paulo Guedes para o pagamento de R$ 40 bilhões de precatórios no orçamento de 2021 (abaixo do limite do teto) e a postergação dos R$ 50 bilhões restantes para 2022/23. A boa notícia é que parece que a questão está avançando. A má notícia consiste na saraivada de críticas que o Governo vem sofrendo por conta dessa “pedalada”. Decisão muito difícil que ainda demandará muita costura política.

Leia o relatório completo no link a seguir.

 
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Boa semana,

Equipe de análise da Meta Asset

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