CREDITO E MERCADO NOSSA VISÃO – 22/08/2022

NOSSA VISÃO – 22/08/2022

Retrospectiva

Na última sexta-feira, o Ibovespa caiu 2,04%, aos 111.496,21 pontos, entre mínima de 111.146,15 e máxima de 113.807,29 pontos. Mas mesmo com o recuo no período, o Ibovespa ainda acumula alta de mais de 8% em agosto.

Nos Estados Unidos, as bolsas caiam depois que autoridades do FED, ressaltaram que precisará continuar aumentando os juros de forma a conter a inflação, com isso derrubando o mercado de ações, principalmente o segmento de tecnologia.

Com isso, nos Estados Unidos, os principais benchmarks registraram recuos consideráveis. Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq caíram, respectivamente, 0,86%, 1,29% e 2,01%.

Diante do cenário, o dólar fechou em leve queda na última sexta-feira (19), mas acumula ganhos na semana. A moeda norte-americana recuou -0,08% na sexta-feira, na semana acumulou alta de 1,87%. No acumulado do mês, recua 0,13% no mês. No ano, tem desvalorização de 7,31%.

Na última semana, o Brasil registrou um recuo de 3,3%, na movimentação de cargas no setor portuário, a queda foi puxada pela redução nas exportações das principais commodities brasileiras.

Já na Ásia, na última semana, o Banco Popular da China cortou sua taxa de empréstimo principal de um ano entorno de 10 pontos-base, em um esforço para reaquecer a economia chinesa.

E na Europa, a Alemanha impõe uma pequena taxa sobre o gás natural, com o principal objetivo de conter a demanda e fortalecer as finanças de um setor que foi devastado pelo corte no fornecimento de gás russo. E a inflação ao produtor da Alemanha avança 37,2% em julho na base anual, bem além do que o mercado esperava.

Por fim, os preços do petróleo caíram na última semana, com o dólar mais forte e com altos temores de uma desaceleração econômica que enfraqueceria a demanda por petróleo.

Relatorio Fócus

Para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a projeção diminuiu de 7,02% para 6,82% em 2022. Para 2023, a previsão para o IPCA diminuiu de 5,38 % para 5,33%. Para 2024, as estimativas permaneceram em 3,41%. Para 2025, as projeções ficaram em 3,00%.

A projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) é em 2,02% para 2022 e para 2023, em 0,39%. Assim como para 2024 a projeção permaneceu em 1,80%, e para 2025, permanecendo em 2,00%.

Para a taxa de câmbio em 2022, o valor permaneceu R$5,20. E para 2023, a projeção se manteve R$ 5,20. Para o ano de 2024, a projeção se manteve em 5,10, assim como em 2025 a projeção ficou em R$5,17.

Para a taxa Selic, a projeção permaneceu a mesma em todas as projeções anuais, em 13,75% em 2022, em 11,00% para 2023, ficando em 8,00% para 2024. Fechando as projeções da semana, a projeção para a taxa Selic manteve-se em 7,50% para o ano de 2025.

Expectativa

O calendário da Semana será bastante movimentado no exterior, e com poucas expectativas para o Brasil.

Na Europa, em especifico na Alemanha e no Reino Unido, na terça feira (23), será divulgado o Índice de Atividade dos Gerentes de Compras (PMI) industrial, sendo um índice bem relevante que fornece uma indicação sobre a saúde do setor de construção da Alemanha e do Reino Unido.

Nos Estados Unidos, na Quarta-feira (24), será divulgado os dados a respeito dos estoques de Petróleo bruto. O nível dos estoques influencia o preço dos produtos petrolíferos, o que pode ter impacto na inflação.

E na sexta-feira (29), nos Estados Unidos, sairá a divulgação do Índice de Preços, que mede a evolução dos preços dos bens e serviços adquiridos pelos consumidores para fins de consumo, ressaltando que valores positivos podem ser um problema, já que o caminho comum para lutar contra a inflação é o aumento das taxas.

Quanto a nossa recomendação, sugerimos cautela ao assumir posições mais arriscadas no curto prazo, a volatilidade nos mercados deve se manter ainda sem desenhar um horizonte claro, em razão principalmente pelo nosso cenário político.

Porém, os títulos públicos principalmente na parte curta, além de fundos de vértice, muitos RPPS aderiram por conta da recessão e havendo oportunidades a quem quiser ingressar.

Mantivemos a não recomendação de fundos de longuíssimo prazo (IMA-B 5+) 5% em fundos de longo prazo (IMA-B TOTAL E FIDC/ CRÉDITO PRIVADO/ DEBÊNTURE) e 25% em fundos Gestão Duration.

No desempenho de renda fixa, médio prazo além dos índices pôs fixados (IDKA IPCA 2A e IMA-B 5) recomendamos também a entrada gradativa em fundos atrelados ao IRF-M, chegando ao patamar de 5%.

Quanto a exposição em curto prazo, recomendamos fundos atrelados ao CDI e também ao IRF-M1 na totalidade de 15%.

Com o COPOM sinalizando que deve continuar com ciclo de alta em menor proporção e posteriormente uma manutenção se a inflação continuar resistente mediante a política de juros, pode se entender que o mercado está precificando que os índices em médio prazo cairão, passando parte da nossa estratégia para pré-fixados.

Uma alternativa que vem se mostrando forte nos últimos tempos, e que possui boa expectativa, é a diversificação em fundos de investimento no exterior, recomendamos a exposição de 10% em fundos que não utilizam hedge cambial.

Quanto a fundos de ações atrelados a economia doméstica recomendamos a entrada gradativa de modo que o investidor fique atento a oportunidades da bolsa de valores, construindo um preço médio mais atrativo.

Para aqueles que enxergam uma oportunidade de investir recursos a preços mais baratos, municie-se das informações necessárias para subsidiar a tomada da decisão.

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