CREDITO E MERCADO Nossa Visão – 20/01/2022

NOSSA VISÃO – 17/01/2022

RETROSPECTIVA

Tivemos uma semana mais tranquila para a bolsa de valores e câmbio, já que ambos apresentaram valorização.

O real encerrou a semana com cotação do dólar a R$ 5,53. Além disso, a bolsa também mostrou recuperação ao fechar a semana com alta de 4,1% e quase 107 mil pontos.

Tivemos a divulgação do IPCA de dezembro, o qual variou 0,73%, estando acima das expectativas. Como resultado, o índice alcançou 10,06% em 2021, a maior alta desde 2015.

O INPC também acelerou 0,73% em dezembro, com avanço de 10,16% em 2021.

Também tivemos a divulgação do desempenho do setor de serviços no mês de novembro, que atingiu 2,4%, acima do que se era esperado.

Os servidores públicos continuaram pressionando o governo para que haja aumento nos salários, porém não há mais espaço dentro do teto constitucional de gastos.

Além do aumento do preço das commodities, o preço do minério de ferro também subiu em vários lugares do mundo por conta das fortes chuvas em Minas Gerais que causaram suspensão das atividades das mineradoras.

O presidente do Fed informou que o país não demanda mais política monetária acomodatícia. Além disso, o balanço patrimonial do Fed deve diminuir aceleradamente, como resultado, houve alívio aos mercados e enfraquecimento do dólar em âmbito global e alta das bolsas.

Nos EUA, a inflação ao consumidor encerrou o ano com alta de 7,0%, o valor mais alto desde 1982.

Na China, a inflação ao consumidor registrou alta de 1,5% e a inflação ao produtor registrou 10,3%, ambos abaixo dos valores esperados pelo consenso.

RELATÓRIO FOCUS

Para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a projeção aumentou de 5,03% para 5,09% em 2022. Para 2023, a previsão para o IPCA aumentou de 3,36% para 3,40%. Para 2024, as estimativas se mantiveram em 3,00%. Para 2025, as projeções ficaram em 3,00%.

A projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) subiu de 0,28% para 0,29% em 2022. Para 2023, a estimativa aumentou de 1,70% para 1,75%. Para 2024 a projeção se manteve em 2,00%, e para 2025, a projeção também se manteve em 2,00%.

Para a taxa de câmbio em 2022, o valor se manteve em R$5,60. Para 2023, a projeção aumentou de R$5,45 para R$ 5,46. Para o ano de 2024, a projeção aumentou R$ 5,39 para R$ 5,40 e para 2025 a projeção se manteve em 5,40%.

Para a taxa Selic em 2022, a projeção se manteve em 11,75%. No ano seguinte, a projeção manteve a mesma para 8,00%. Em 2024 e 2025, as projeções também se mantiveram em 7,00%.

 

PERSPECTIVAS

No Brasil, os destaques dessa semana serão para a divulgação do IBC-BR referente ao mês de novembro, o qual possui expectativa de ganho de 0,65%.

O IGP-10 de janeiro será divulgada nesta segunda feira (17), a projeção do índice é de queda (-0,5%).

Os funcionários públicos federais devem paralisar as atividades no dia 18 em reinvindicação à reposição das perdas inflacionárias.

A China irá divulgar nessa semana o PIB do 4º trimestre de 2021, além da taxa de desemprego, produção industrial acumulada durante ano passado e outros dados de atividade econômica.

Na zona euro teremos a divulgação dos dados da inflação no mês de dezembro.

O mais recomendado para o atual momento é a cautela ao assumir posições mais arriscadas no curto prazo, a volatilidade nos mercados deve se manter, sem ainda desenhar um horizonte claro, em razão principalmente pelo nosso cenário político.

Mantemos nossa recomendação de adotar cautela nos investimentos e acompanhamento diário dos mercados e estratégias. Mantemos a sugestão para que os recursos necessários para fazer frente às despesas correntes sejam resgatados dos investimentos menos voláteis (CDI, IRF-M1, IDkA IPCA 2A). Para o IMA-B que é formado por títulos públicos indexados à inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que são as NTN-Bs (Notas do Tesouro Nacional – Série B ou Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais), não estamos recomendando o aporte no segmento, com a estratégia de alocação em 5%, sendo indicado para os RPPS que possuem porcentagem igual ou maior, aos que possuírem porcentagem inferior a 5%, recomendamos a não movimentação no segmento. Para aqueles que enxergam uma oportunidade de investir recursos a preços mais baratos, municie-se das informações necessárias para subsidiar a tomada da decisão.

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