CREDITO E MERCADO NOSSA VISÃO – 18/04/2022 19/04/2022

NOSSA VISÃO – 18/04/2022

Retrospectiva

Na semana mais curta por conta da Sexta-Feira Santa, o dólar a encerrou com queda de -1,66% em relação ao real, sendo cotado a R$4,69. A moeda já acumula baixa de -1,31% na parcial do mês de abril, já no ano, apresenta queda de 15,75% frente ao real.

O Ibovespa apresentou resultados negativos e encerrou a semana com queda de -0,50% e 116 mil pontos.

Após os resultados da inflação de março serem divulgados, o presidente do Banco Central informou que está reavaliando a possibilidade de nova alta para a taxa Selic.

Os dados de serviços do mês de fevereiro divulgados, apresentaram queda de -0,20%, porém as expectativas do mercado eram de que houvesse alta de 0,70%. Já as vendas do comércio varejista apresentaram resultado positivo e acima do esperado, com alta de 2%.

Os servidores públicos do poder executivo terão reajuste de 5% nos salários a partir de julho, o que impactará o teto de gastos para esse ano.

A guerra entre a Rússia e Ucrânia provocaram alta das commodities energéticas. Além disso, a Suécia e a Finlândia continuam a sinalizar a intenção de adesão à OTAN.

A inflação ao consumidor (CPI) dos EUA, apresentou alta de 1,2% em março e alta de 8,5% no acumulado de 12 meses, ocasionado principalmente pelos aumentos nos preços dos alimentos e dos combustíveis. Como resultado, o mercado projeta que o banco central americano eleve a taxa básica de juros em 0,50% no mês de maio.

O Banco Central Europeu, manteve a taxa básica de juros em 0% ao ano. Entretanto, na Zona Euro, a inflação bateu recorde e alcançou 7,5% em 12 meses.

Na China, a população protestou contra a medida de lockdown, após o aumento nos casos de Covid-19 baterem sucessivos recordes diários desde o início da pandemia.

Relatório Focus

O Banco Central adiou novamente nesta segunda-feira a divulgação do boletim Focus e outros indicadores econômicos. Os servidores da autoridade monetária iniciaram uma greve na sexta-feira (1), onde cobram um reajuste salarial de 26,3% e restruturações de carreiras. Entre a sexta-feira passada e esta segunda-feira, a adesão à greve é de quase 80%, segundo o sindicato responsável pela categoria. Mediante esse cenário, os dados não serão divulgados entre esta segunda feira, segundo notificou a autarquia federal.

Expectativas

No Brasil, serão divulgados os dados do IGP-10 e IBC-Br.

Na Zona do Euro, serão divulgadas a inflação ao produtor e ao consumidor referentes ao mês de março. Além disso, também será divulgado os dados da produção industrial.

Os EUA, irá divulgar os dados de estoque de petróleo bruto, o qual mede a mudança semanal no número de barris de petróleo bruto mantidos por empresas do país.

A presidente do Banco Central Europeu, a qual é responsável por definir as taxas de juros de curto prazo, fará um pronunciamento na quinta feira.

Sendo assim, permanece a recomendação de cautela ao assumir posições mais arriscadas no curto prazo, a volatilidade nos mercados deve se manter ainda sem desenhar um horizonte claro, em razão principalmente pelo nosso cenário político.

Sobre a nossa ótica, mantivemos a não recomendação de fundos de longuíssimo prazo (IMA-B 5+ E IDKA 20A), 5% em fundos de longo prazo (IMA-B TOTAL E FIDC/ CRÉDITO PRIVADO/ DEBÊNTURE) e 30% em fundos Gestão Duration.

Diante da expectativa de alta na taxa de juros fundos atrelados ao CDI tendem a ter bom desempenho, indicamos uma exposição de 15% em fundos de curto prazo (CDI), enquanto os fundos de médio prazo representam 10% de acordo com a nossa alocação tática.

Em relação aos fundos pré-fixados, não recomendamos a estratégia, pois diante da expectativa de alta na taxa de juros o desempenho destes fundos tende a ser afetado. Mantemos a sugestão para que os recursos necessários para fazer frente às despesas correntes sejam resgatados dos investimentos menos voláteis (IRF-M1, IDkA IPCA 2A).

Já para os títulos públicos, seguindo nossa ótica e diante das seguidas elevações na taxa de juros demonstram ser uma boa oportunidade. Recomendamos que a exposição seja feita primeiramente utilizando a marcação à mercado, e posteriormente quando atingindo o valor esperado, seja feita a transferência para marcação na curva.

Uma alternativa que vem se mostrando forte nos últimos tempos, e que possui boa expectativa, é a diversificação em fundos de investimento no exterior, recomendamos primeiramente a exposição em fundos com hedge com 5% para posteriormente realizar uma entrada gradativa em fundos que não utilizam hedge cambial também com 5%.

Quanto a fundos de ações atrelados a economia doméstica recomendamos a entrada gradativa de modo que o investidor fique atento a oportunidades da bolsa de valores, construindo um preço médio mais atrativo.

Para aqueles que enxergam uma oportunidade de investir recursos a preços mais baratos, municie-se das informações necessárias para subsidiar a tomada da decisão.

Indicadores Diário – 14/04/2022

Índices de Referência – Março/2022

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