CREDITO E MERCADO NOSSA VISÃO – 12/09/2022

NOSSA VISÃO – 12/09/2022

RETROSPECTIVA

Na última sexta-feira (9), o Ibovespa terminou a sessão com alta expressiva, tendo uma série de fatores favoráveis ao desempenho do índice. O índice da B3 acompanhou a alta das Bolsas em Nova York e também impulsionado por ações de pesos que foram estimuladas com a valorização das commodities no mercado internacional.

Sendo assim, o Ibovespa fechou em alta de 2,17% aos 112.300 pontos. E as bolsas em Nova York também fecharam o dia e a semana positivo. O Dow Jones avançou 1,19% a 32.151 pontos, acumulando alta de 2,84% na semana. Já o S&P500 teve alta de 1,53%, a 4.067 pontos, e valorização semanal de 3,83%, e o índice Nasdaq subiu 2,11%, fechando a semana no acumulado de 4,22%.

Já o dólar comercial fechou o dia com baixa de 1,13%, a R$ 5,147 na compra. E na semana, a moeda americana acumula queda de 0,73%.

Os juros futuros recuaram com a expectativa de afrouxamento do ciclo monetário, os juros DIF25 e DIF27 recuaram 8 pontos, de 11,66% e 11,31% respectivamente. Com isso, a curva de juros fechando dando uma maior atratividade para os títulos pré fixados.

Destacando que na semana passada o dado do IPCA de agosto, registrou deflação de 0,36. Tendo destaque para o grupo dos transportes que registrou uma queda de (-3,37%). A queda desse grupo foi influenciada principalmente pela retração nos preços dos combustíveis.

Com isso, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o principal índice inflacionário brasileiro, nos oito meses deste ano, está com alta acumulada de 4,39% e em 12 meses o acumulado é de 8,73%.

Na última semana, autoridades do Federal Reserve encerraram seu período de debates antes da reunião de política monetária, que será entre os dias 20 e 21 de setembro. Com a expectativa de outra elevação da taxa básica de juros para conter a inflação que em 12 meses está na região de 8,5%.

O Banco Mundial aprovou um empréstimo de 900 milhões de dólares para a Argentina para os próximos seis meses, tendo em vista para combater a inflação e promover um crescimento sustentável.

RELATÓRIO FOCUS

Para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a projeção diminuiu de 6,70% para 6,61% em 2022. Para 2023, a previsão para o IPCA diminuiu de 5,30 % para 5,27%. Para 2024, a projeção elevou de 3,41% para 3,43%. Para 2025, as projeções ficaram em 3,00%

A projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) aumentou de 2,10% para 2,26% em 2022 e para 2023, subiu de 0,37% para 0,47%. Para 2024 a projeção se manteve em 1,80%, e para 2025, ficou na casa dos 2,00%.

Para a taxa de câmbio em 2022 e 2023, o valor estagnou em R$5,20. Para o ano de 2024, a projeção permaneceu em R$5,10, assim como em 2025 subiu de R$ 5,17 para R$ 5,18.

Para a taxa Selic, a projeção para 2022 permaneceu em 13,75% em 2022. Para 2023 aumentou de 11% para 11,25%. Em 2024 estagnou em 8,00%. Fechando as projeções da semana, a projeção para a taxa Selic manteve-se em 7,50% para o ano de 2025.

EXPECTATIVA

A semana será bastante movimentada no calendário econômico do exterior, tendo o seu principal destaque para a inflação ao consumidor nos Estados Unidos (CPI), que será divulgado os números na terça – feira (13).

Na quinta-feira, serão conhecidos os dados sobre vendas no Varejo, indicador importante que é como um termômetro de gastos do consumidor, e também correlacionado com a confiança do consumidor. É também conhecido como um indicador de ritmo da economia dos Estados Unidos.

No Brasil, na terça-feira, sairá o desempenho do setor de serviços. E na quinta-feira o Banco Central anuncia seu índice de atividade econômica (IBC-Br).

Quanto a nossa recomendação, sugerimos cautela ao assumir posições mais arriscadas no curto prazo, a volatilidade nos mercados deve se manter ainda sem desenhar um horizonte claro, em razão principalmente pelo nosso cenário político.

Porém, os títulos públicos principalmente na parte curta, além de fundos de vértice, muitos RPPS aderiram por conta da recessão e havendo oportunidades a quem quiser ingressar.

Mantivemos a não recomendação de fundos de longuíssimo prazo (IMA-B 5+) 5% em fundos de longo prazo (IMA-B TOTAL E FIDC/ CRÉDITO PRIVADO/ DEBÊNTURE) e 25% em fundos Gestão Duration.

No desempenho de renda fixa, médio prazo além dos índices pôs fixados (IDKA IPCA 2A e IMA-B 5) que recomendamos 5 %, também podem ser feitas entradas gradativas em fundos atrelados ao IRF-M, chegando ao patamar de 10%.

Quanto a exposição em curto prazo, recomendamos fundos atrelados ao CDI e também ao IRF-M1 na totalidade de 15%.

Com o COPOM sinalizando que deve continuar com ciclo de alta em menor proporção e posteriormente uma manutenção se a inflação continuar resistente mediante a política de juros, pode se entender que o mercado está precificando que os índices em médio prazo irão cair, passando parte da nossa estratégia para pré-fixados.

Uma alternativa que vem se mostrando forte nos últimos tempos, e que possui boa expectativa, é a diversificação em fundos de investimento no exterior, recomendamos a exposição de 10% em fundos que não utilizam hedge cambial.

Quanto a fundos de ações atrelados a economia doméstica recomendamos a entrada gradativa de modo que o investidor fique atento a oportunidades da bolsa de valores, construindo um preço médio mais atrativo.

Para aqueles que enxergam uma oportunidade de investir recursos a preços mais baratos, municie-se das informações necessárias para subsidiar a tomada da decisão.

INVESTIDOR COMUM – SEM PRÓ GESTÃO

* Aos clientes que investem em Fundos de Participações e Fundos Imobiliários em percentual superior a 2,5% em cada, reduzir a exposição aos Fundos de Ações na proporção desse excesso.

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