CREDITO E MERCADO NOSSA VISÃO – 04/04/2022 07/04/2022

NOSSA VISÃO – 04/04/2022

RETROSPECTIVA

O Ibovespa, principal indicador de desempenho das ações negociadas na B3 fechou mais um período semanal com ganhos, acumulando na semana que se encerrou no dia 01/04 um acréscimo 1,31%, batendo 121.570,15 pontos, maior registro desde o fechamento de 13 de agosto de 2021 (121.193,75 pontos). Representando também a terceira alta em três semanas seguidas, o índice Ibovespa acumulou na última semana 2,09%.

O mercado tem percebido um maior fluxo de capital estrangeiro nos últimos dias, principalmente por dois fatores: a elevação da taxa Selic, assim como a guerra na Ucrânia. Países exportadores de commodities tem se beneficiado com a elevação dos preços do petróleo e do agronegócio.

O Dólar comercial manteve a queda frente ao real, na sexta-feira da semana passada (1º), ficou cotado a R$ 4,667 na venda, o que representa o menor valor para a moeda estrangeira no prazo de dois anos, em 10 de março do ano de 2020 o dólar estava cotado a R$ 4,647. Sendo assim, o cenário de desvalorização da moeda americana foi registrado pela quinta semana seguida.

O principal acontecimento na semana passada no âmbito econômico, foi a demissão do presidente da Petrobras General Joaquim Silva e Luna, na segunda-feira (28), informada pelo presidente da República Jair Bolsonaro. A principal motivação para o desligamento foi o mega aumento nos preços dos combustíveis registrado poucas semanas antes da demissão. Já o continente europeu foi pego de surpresa com relação os dados da inflação divulgados pelo BCE – o Banco Central Europeu. A perspectiva para o dado divulgado na semana passada era de uma inflação em torno de 6,6% para o acumulado anual e encerrado em março. No entanto, o registro foi de 7,5% para o respectivo período.

Analistas apontam para uma inflação puxada pelos preços do petróleo que atuam em níveis recordes e consequentemente para a guerra na Ucrânia. A zona do euro segue a meta de uma inflação anual, encerrada em dezembro de 2%. A guerra entre Rússia e Ucrânia parecem não apontar para um desenlace ou arrefecimento no curto prazo, noticiários recentes informam que a Rússia tem infringido direitos humanos de civis ucranianos.

RELATÓRIO FOCUS

Banco Central adiou nesta segunda-feira a divulgação do boletim Focus e outros indicadores econômicos. Os servidores da autoridade monetária iniciaram uma greve na última sexta-feira (1), onde cobram um reajuste salarial de 26,3% e restruturações de carreiras. Entre a sexta-feira passada e esta segunda-feira, a adesão à greve está entre 60% e 70%, em segundo o sindicato responsável pela categoria. Mediante esse cenário, os dados não serão divulgados entre esta segunda e sexta-feira (8), segundo notificou a autarquia federal.

PERSPECTIVAS

Para o cenário nacional as atenções têm se voltado para o desenrolar dos nomes que podem assumir o posto da presidência da Petrobras, o nome mais ventilado e cotado para o momento é o do economista e diretor do Centro brasileiro de infraestrutura (CBIE), que também e especialista em óleo e gás. A zona do euro também apresentará relatórios voltados para as vendas do varejo, tanto anual como também dados mensais, assim como o relatório público das Atas da reunião de política monetária da região.

Com ajuda dos dados já divulgados referente ao crescimento para a zona do euro, analistas fazem a leitura de um leve crescimento para o trimestre encerrado em março. No entanto, para o próximo trimestre, que será encerrado em junho, as perspectivas são de um crescimento muito próximo a zero, o que poderá configurar em estagflação. Nesse cenário é importante acompanhar a ata do BCE – Banco Central Europeu para ter o entendimento de qual postura esse terá com relação aos dos de economia em si e os avanços significativos da inflação para aquela região, sendo uma política monetária/fiscal mais restritiva ou não. Câmbio e Bolsa: Nós da Crédito e Mercado, mantemos a perspectiva para essa semana de um real mais valorizado frente ao dólar e um Ibovespa experimentando novas altas.

Sobre a nossa ótica, mantivemos a não recomendação de fundos de longuíssimo prazo (IMA-B 5+ E IDKA 20A), 5% em fundos de longo prazo (IMA-B TOTAL E FIDC/ CRÉDITO PRIVADO/ DEBÊNTURE) e 30% em fundos Gestão Duration. Diante da expectativa de alta na taxa de juros fundos atrelados ao CDI tendem a ter bom desempenho, indicamos uma exposição de 15% em fundos de curto prazo (CDI), enquanto os fundos de médio prazo representam 10% de acordo com a nossa alocação tática.

Em relação aos fundos pré-fixados, não recomendamos a estratégia, pois diante da expectativa de alta na taxa de juros o desempenho destes fundos tende a ser afetado. Mantemos a sugestão para que os recursos necessários para fazer frente às despesas correntes sejam resgatados dos investimentos menos voláteis (IRF-M1, IDkA, IPCA 2A). Já para os títulos públicos, seguindo nossa ótica e diante das seguidas elevações na taxa de juros demonstram ser uma boa oportunidade. Recomendamos que a exposição seja feita primeiramente utilizando a marcação à mercado, e posteriormente quando atingindo o valor esperado, seja feita a transferência para marcação na curva.

Uma alternativa que vem se mostrando forte nos últimos tempos, e que possui boa expectativa, é a diversificação em fundos de investimento no exterior, recomendamos primeiramente a exposição em fundos com hedge com 5% para posteriormente realizar uma entrada gradativa em fundos que não utilizam hedge cambial também com 5%. Quanto a fundos de ações atrelados a economia doméstica recomendamos a entrada gradativa de modo que o investidor fique atento a oportunidades da bolsa de valores, construindo um preço médio mais atrativo. Quanto a fundos de ações atrelados a economia doméstica recomendamos a entrada gradativa de modo que o investidor fique atento a oportunidades da bolsa de valores, construindo um preço médio mais atrativo. Para aqueles que enxergam uma oportunidade de investir recursos a preços mais baratos, municie-se das informações necessárias para subsidiar a tomada da decisão.

 

Indicadores Diário – 01/04/2022

 

Índices de Referência – Fevereiro/2022

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