Tesouro anuncia abertura de emissão de títulos da dívida externa com vencimento em 2050

Tesouro anuncia abertura de emissão de títulos da dívida externa com vencimento em 2050

Também foi aberta emissão de papeis no mercado internacional com prazo de 10 anos, além de recompras de títulos da dívida com vencimento em 2027, 2030, 2034, 2037, 2041, 2045 e 2047.A Secretaria do Tesouro Nacional informou nesta segunda-feira (4) que abriu uma captação externa, por meio da emissão de títulos no mercado internacional, os chamados bônus soberanos, de um novo título, com vencimento em 2050, com aproximadamente 30 anos de prazo.Esse será o título da dívida externa com prazo mais longo. Até então, o papel com maior prazo de resgate vencia em 2047.Além disso, também foi anunciada a reabertura da emissão de títulos da dívida externa com prazo de 10 anos. O vencimento, nesse caso, está previsto para 30 de maio de 2029.Ao mesmo tempo, a instituição informou que efetuará a recompra de títulos da dívida externa com os seguintes vencimentos: 2027, 2030, 2034, 2037, 2041, 2045 e 2047. O estoque desses títulos, no mercado financeiro global, é de US$ 15,5 bilhões.”O objetivo da operação é melhorar a eficiência e consolidar benchmarks da curva denominada em dólares”, informou o Tesouro Nacional. O resultado das emissões no mercado externo sairá ainda hoje, no fim do dia, e das recompras nesta terça-feira (5).A última operação no mercado externo, por meio do lançamento de bônus soberanos, havia sido em março deste ano – quando foram captados US$ 1,5 bilhão em papeis com vencimento em 2029. A taxa de retorno ao investidor, ou seja, quanto o governo brasileiro pagará pelos recursos, ficou em 4,7% ao ano.

Referência para empresas

As emissões da dívida externa do país não podem ser adquiridas por investidores brasileiros. Mas o resultado das captações pelo Tesouro Nacional permite que as empresas daqui calculem quanto pagariam, em termos de taxas de juros, para fazer empréstimos no exterior – ou seja, serve de referência para o setor privado.

Os investidores que compram esses papéis da dívida pública pagam em dólar ou outras moedas, como euro, e até em reais. Na data do chamado resgate, eles recebem de volta o valor pago ao governo brasileiro. Além disso, o Brasil paga juros a esses investidores, a cada seis meses ou um ano, dependendo do contrato.

O lançamento de bônus no mercado externo funciona como um leilão: os investidores fazem suas propostas de taxa de juros e quantidade de títulos que desejam receber, e o Tesouro aceita ou não. As ofertas são feitas aos bancos contratados pelo Tesouro Nacional para liderar a operação.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui