NOSSA VISÃO – 12/08/2019 13 de agosto de 2019

NOSSA VISÃO – 12/08/2019

13 de agosto de 2019

Retrospectiva

Permanecem as tensões provocadas pela batalha comercial travada entre os EUA e a China. As preocupações globais se acentuaram com as notícias de que os Estados Unidos estão segurando licenças à Huawei, a maior fornecedora mundial de equipamentos para redes e telecomunicações, à medida que os chineses suspendem a compra de grãos americanos.

Em relação à economia internacional, na zona do euro, foi divulgado que o Índice de Gerentes de Compras (PMI na sigla em inglês) recuou para 51,5% em julho, na comparação com junho que ficou em 52,2%, e aproximando-se da marca dos 50 – que separa crescimento de contração. Apesar do BCE ter mantido o juro estável na última reunião, não é descartada uma queda na próxima.

Nos EUA, o crescimento do setor de serviços desacelerou em julho para o nível mais fraco desde agosto de 2016. O Instituto de Gestão em Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) informou que seu índice de atividade não manufatureira caiu de 55,1 em junho para 53,7 em julho.  Ainda no setor de serviços, o Índice de Gerente de Compras aumentou para 53,0 em julho, ante 51,5 em junho.

Para os mercados de ações internacionais, a semana que passou manteve o movimento de queda generalizada, com o recrudescimento da disputa comercial EUA x China. Enquanto o Dax, índice da bolsa alemã caiu 1,50% e o FTSE-100, da bolsa inglesa tombou 2,07%, o índice S&P 500, da bolsa norte-americana recuou 0,45% e o Nikkey 225, da bolsa japonesa perdeu 1,95%.

Em relação à economia brasileira, foi divulgada a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) do IBGE relativo ao mês de junho. A pesquisa apontou recuo de 1% ante maio, e recuo de 2,3% no acumulado do ano. Dado que o setor de serviços representa cerca de 70% do Produto Interno Bruto (PIB) e tem, portanto, grande influência na atividade econômica, é esperada uma desaceleração na economia doméstica.

O IPCA encerrou julho com alta de 0,19% em julho, índice bem acima dos 0,01% vistos em junho. Conforme informou o IBGE, foi a taxa mais baixa para o mês de julho desde 2014. Assim, o índice acumula alta de 2,42% no ano, e 3,22% em 12 meses. O que pesou mais no indicador foi o item energia elétrica: as contas de luz ficaram 4,48% mais caras, em média.

Ainda por aqui, o prêmio de risco do Brasil, medido pelo Credit Default Swap (CDS), alcançou os 129 pontos na quinta-feira, mesma média dos países classificados como BBB- (grau de investimentos) pelas agências de risco. Entretanto, analistas avaliam que uma elevação da nota de crédito brasileira só deve ocorrer com a volta do crescimento econômico.

Para a bolsa brasileira, apesar do noticiário negativo, a semana foi de alta. Destaque para a divulgação de resultados corporativos que sustentaram o mercado bursátil em meio à safra de resultados do segundo trimestre das empresas listadas na B3. O Ibovespa subiu, 1,29% na semana, com volume médio diário superior a R$ 15 bilhões, aumentando a variação acumulada no ano para 18,33% e a de doze meses para 35,92%. O dólar comercial, por sua vez, avançou 1,26% na semana, cotado a R$ 3,9395 na compra e R$ 3,942 na venda, e o IMA-B Total encerrou a semana valorizando 0,90%, acumulando alta de 0,96% no mês.

Relatório Focus

No Relatório Focus divulgado hoje, a média dos economistas que militam no mercado financeiro estimou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subirá 3,76% em 2019, ante 3,80% da semana anterior. Para 2020 a estimativa é de que suba 3,90%, também como na semana anterior.

Para a taxa Selic, o mercado financeiro continua reduzindo suas projeções, Nesta semana, o relatório informou que, no fim de 2019 a taxa Selic estará em 5,00%, frente a 5,25% na pesquisa anterior e em 2020 em 5,50%, como na pesquisa anterior.

A expectativa de alta para o PIB em 2019 teve ligeira queda, de 0,82% para 0,81%. Há quatro semanas a expectativa de crescimento era a mesma. Para 2020 a estimativa é que o PIB cresça 2,10%, mesmo valor projetado quatro semanas atrás.

Para a taxa de câmbio, a pesquisa mostrou que a cotação da moeda americana deverá estar em R$ 3,75 no final do ano, como no último relatório e em R$ 3,80 no final de 2020, também como na semana anterior.

Para o Investimento Estrangeiro Direto, as expectativas são de um ingresso de US$ 85 bilhões em 2019, como na última pesquisa e de US$ 85,28 bilhões em 2020, frente a US$ 85,56. bilhões na pesquisa anterior.

Perspectiva

No Brasil, o Banco Central publica o IBC-Br – Índice de Atividade Econômica, referente ao mês de julho.

Ainda por aqui, a FGV informará a primeira prévia do IGP-M de agosto.

Na agenda desta segunda-feira, serão conhecidos os números semanais da balança comercial.

No campo da política, a reforma da previdência começa a ser discutida no Senado Federal, passando primeiro pela CCJ para só depois chegar ao plenário da Casa. Os próximos dias devem mostrar o nível de dificuldade que o governo encontrará nesta etapa.

Nesta semana, no exterior, os mercados permanecem acompanhando atentamente o desenrolar da “guerra” comercial EUA x China.

Os investidores também estarão atentos à vizinha Argentina, por conta das eleições primárias que mostrou forte vitória da oposição e gera receio de que a derrota de Maurício Macri em outubro seja inevitável, o que deve levar a um sell-off de ativos argentinos com o temor da volta das políticas populistas de Cristina Kirchner. A esquerda venceu a eleição primária na Argentina com a candidatura do peronista Alberto Fernández, com 47% dos votos. Ele bateu o presidente Mauricio Macri, que obteve 32% dos votos.

Em relação às aplicações dos RPPS aconselhamos o investimento de 25% dos recursos em fundos de investimento em títulos públicos que possuem a gestão do duration, produto a ser acompanhado com a devida atenção por conta das posições assumidas pelo gestor.

Para os vértices de longo prazo (especificamente o IMA-B Total) recomendamos uma exposição de 10%.

Para os vértices médios (IMA-B 5, IDkA 2A e IRF-M Total), a recomendação é para uma exposição de 25% e para os vértices de curto prazo, representados pelos fundos DI, pelos referenciados no IRFM-1 e pelos CDBs a alocação sugerida é de 10%.

Permanece a recomendação de que, com a devida cautela e respeitados os limites das políticas de investimento e as exigências da nova resolução editada pelo CMN, é oportuna a avaliação de aplicações em produtos que envolvam a exposição ao risco de crédito (FIDC e FI Crédito Privado, por exemplo).

Quanto à renda variável, recomendamos uma exposição máxima de 30%, por conta da melhora do ambiente econômico neste ano, que já se refle em um melhor comportamento dos lucros das empresas e, portanto, da Bolsa de Valores e também pelo fato da importância do produto como fator de diversificação de portfolio, em um momento em que as taxas de juros dos títulos públicos não mais superam a meta atuarial.

Para a alocação em fundos multimercado a nossa sugestão é de 10% dos recursos e de 2,5% a alocação em FII e FIP, respectivamente, dada a pouca disponibilidade de produtos no mercado enquadrados para os RPPS. Para o investimento em ações, a nossa recomendação é de 15% dos recursos, tendo-se em vista o potencial de crescimento das empresas neste e nos próximos anos, como já dissemos, em uma conjuntura de baixa inflação e taxas de juros nas mínimas históricas. Muito embora ainda esteja no campo das expectativas, a implementação das reformas estruturais demandadas pelo mercado em muito também poderão influenciar o comportamento positivo das ações, no futuro.

Para aqueles clientes que já contam com investimento de 5% tanto em FII, quanto em FIP, recomendamos que o teto de investimento em ações se mantenha em 10%.

Por fim, cabe lembrarmos que as aplicações em renda fixa, por ensejarem o rendimento do capital investido, devem contemplar o curto, o médio e o longo prazo, conforme as possibilidades ou necessidades dos investidores. Já as realizadas em renda variável, que ensejam o ganho de capital, as expectativas de retorno devem ser direcionadas efetivamente para o longo prazo.

* Aos clientes que investem em FIDC / Crédito Privado / Fundo Debênture, utilizar como limite máximo o percentual destinado ao Médio Prazo.

** Aos clientes que investem em Fundos de Participações e Fundos Imobiliários em percentual superior a 2,5% em cada, reduzir a exposição de 15% aos Fundos de Ações na proporção desse excesso.

Indicadores Diários -09/08/19

Índices de Referência -Julho/2019

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