MERCADO FINANCEIRO

PANORAMA ECONOMICO – NOVEMBRO /2020
O mês de novembro foi um dos melhores meses para a economia, mesmo durante a pandemia do novo coronavírus que assola o mundo desde o começo do ano.
Muitos países viram o bom momento através dos índices de mercado alcançando recordes com os desempenhos financeiros das empresas, podendo ser explicada pelos anúncios de vacinas para a Covid-19. Os indicadores econômicos domésticos de cada país também ajudaram, bem como o rumo das eleições norte americanas.
Nos Estados Unidos, após o resultado anunciando Biden como o vencedor, o temor do mercado era de que Trump dificultasse a transição de Biden ao poder por não reconhecer a vitória do candidato, judicializando a decisão.
Porem ao final do mês, Trump parecia mais conformado com a derrota e Biden iniciou a sua transição, acalmando os mercados, que criou expectativas com alguém menos volátil no poder, isso culminou para um mercado com mais apetite por risco.
Fato que contribuiu para elevar os níveis dos mercados em novembro, foi devido as ótimas notícias referentes as vacinas, se criou um otimismo generalizado em relação a aplicação em massa ainda para 2020, tudo isso em meio a ascensão de contaminação em diversos países.
Na Europa, os resultados das vacinas fizeram com que alguns investidores tentassem recuperar a perda anualizada por lá, as medidas restritivas na zona do euro mostram como a Europa vem sofrendo muito com a segunda onda de contaminação.
Por lá, o FMI recomenda ação conjunta aos demais países para superar os efeitos do vírus na economia, mesmo a maioria dos países já não terem mais folga fiscal, tendo em vista que as políticas monetárias não estão surtindo os efeitos esperados.
O desemprego na Europa se mantém elevado e em leve tendência de alta, tendo alcançado 8,3% em setembro, com mostrou a carta de conjuntura do IPEA referente ao 4º trimestre de 2020.
Na Ásia os mercados seguem no positivo, ainda mais com Joe Biden como o vencedor das eleições americanas, que acaba por elevar o humor dos investidores e elevar as negociações nas bolsas da região asiáticas, porem já ao final do mês, o bom humor já não é tão grande, tendo em vista que Biden parece não estar tão interessado em acordos com a China tão cedo.
Ainda por lá, a principal notícia foi o anúncio de Pequim dizendo que irá incentivar o consumo no Japão. Como o resto do mundo, os olhares estão voltados para o desenvolvimento das vacinas em fase final, e seus efeitos imediatos já no mercado, ações ligadas as commodities também tem ajudado as bolsas asiáticas.
Já no Brasil, um dos destaques se deu para o discurso feito pelo presidente Jair Bolsonaro referente ao tratamento do Covid-19 e sua posição em ainda não reconhecer Joe Biden como vencedor das eleições americanas. Já Paulo Guedes falou em privatizações em 2021, colocando o porto de Santos em pauta para 2022, disse ainda que o Brasil pode crescer 4% no ano que vem.
Pesquisas indicam que a aprovação do governo Bolsonaro caiu. Entretanto, o que mais tem preocupado a todos, ainda é o quadro fiscal, principalmente após de declarações de Guedes dizendo que se houver segunda onda de contaminação os auxílios emergenciais serão estendidos.
Fato positivo da semana foi a forte entrada dos investidores estrangeiros na bolsa, o ingresso ocasionou forte alta durante o mês.
Tivemos também, BC nada preocupado com a alta da inflação no curto prazo, deixando ainda a porta aberta para quedas, mesmo que pouco provável, uma vez que já se projeta uma alta nos juros futuros, mas faz adendo sobre a política fiscal e a necessidade de perseguir reformas. Ainda referente ao Banco Central, o Senado aprovou sua autonomia, que segue agora para votação na Câmara, onde pode ser modificada.

INTERNACIONAL
EUA
Nós Estados Unidos, A indústria farmacêutica norte-americana Moderna, anunciou ao final de novembro o pedido de autorização para o uso emergencial junto à Food and Drug Administration dos Estados Unidos para a realização da sua vacina. A concorrente Pfizer, que no início do mês já havia solicitado a autorização, também espera aprovação.
Devido a isso, em meio ao ano onde o Covid-19 foi o principal causador de volatilidade de aversão ao risco do mercado, as notícias referentes as vacinas imunizantes trazem o tom de otimismo para os mercados.
O otimismo foi encontrado também na eleição presidencial, em virtude dos vencedores Joe Biden e Kamala Harris, tendo o acesso a formação de equipe para o governo, uma vez que Trump acusa o golpe e aceita sua derrota nas eleições. A indicação de Biden, Janet Yellen, ex-presidente do Fed, para a Secretaria do Tesouro, foi vista com enorme otimismo pelos mercados, e já criam expectativas para as próximas indicações para formar o time ideal de Biden.
Ainda em novembro, os lucros corporativos surpreenderam positivamente, com as gigantes de tecnologia tendo resultados recordes novamente.
Por outro lado, o país ainda sobre com o aumento de casos de Covid-19 em muitos estados e a incerteza do próximo pacote fiscal, porém democratas e republicanos indicam que podem chegar ao acordo de U$ 900 bilhões para auxiliar a economia por lá.

ÁSIA
Na Ásia, o foco ficou primeiramente no desenrolar das eleições americanas e posteriormente nos dados positivos de PIB.
O PIB chinês cresceu 4,9% no terceiro trimestre em relação a igual período de 2019 e 2,7% na comparação dessazonalizada com o trimestre anterior, após crescimento de 11,7% no segundo e queda de 10% no primeiro trimestre, em dados da carta de conjuntura do IPEA referente ao 4º trimestre de 2020.
Por lá em novembro, o Comitê Central do Partido Comunista começou a analisar o novo plano quinquenal, uma proposta para guiar a economia chinesa até 2025, parceiros comerciais já estão de olhos voltados para os próximos passos da china.
Em relação a Brasil-China, no período de janeiro a novembro, as vendas para a China avançaram 10,3% e, para toda a Ásia, 8,9%.

EUROPA
Na Europa as bolsas encerraram novembro em realização de lucros, tentando aproveitar o bom momento para reverter perdas do ano, o índice pan-europeu Stoxx marcou o maior ganho mensal desde o início da flexibilização. Entretanto, o fator em comum com o resto do mundo o que mais animou os investidores foram as boas notícias referentes a vacinas imunizantes contra o Covid-19 e, ao mesmo tempo, mantiveram as esperanças para um acordo sobre o Brexit para o início de dezembro.
Como o resto do mundo, a Europa ficou atenta ao desenrolar das eleições americanas, enquanto medidas restritivas foram adotadas para conter o novo epicentro da pandemia, o horizonte mais positivo se dava pelo resultado das eleições, indicando Biden ao poder.
Ao final do mês, cria-se a expectativa de uma política comercial mais conciliadora com o novo governo dos Estados Unidos, Joe Biden, por ter um perfil menos volátil, se espera acordos mais bilaterais.

MERCADOS DE RENDA FIXA E RENDA VARIÀVEL
No mercado internacional de renda fixa, a volatilidade nos preços manteve-se próxima ao normal após o FED manter o juro próximo de zero e anunciar que assim deverá permanecer por um tempo suficientemente prolongado enquanto a economia doméstica não se consolidar no terreno do crescimento.
No mês de novembro, o Dow Jones subiu 11,9%, melhor resultado no mês desde o início de 1987. O S&P 500 também subiu 10,7%. O Nasdaq registrou um avanço de 11,9% em novembro.
No mês o CSI300 cresceu 5,6%, enquanto o SSEC teve alta de 5,2%, ambos registrando o maior avanço mensal desde julho.
Na bolsa de Tóquio, o índice Nikkei encerrou o último pregão do mês em baixa de 0,79%, aos 26.433,62 pontos, enquanto em Seul, o índice Kospi cedeu 1,60%, aos 2.591,34 pontos. Já o índice Hang Seng, de Hong Kong, caiu 0,49%, para 3.391,76 pontos.
Na Europa, o índice Stoxx Europe 600 fechou em queda de 0,98% aos 389,36 pontos em Londres; o FTSE-100 (Londres) ficou em alta de 0,07% aos 6.367 pontos; o DAX 30 (Frankfurt) ficou em queda de 0,33% aos 13.291 pontos; o CAC 40 (Paris) ficou em queda de 1,42% aos 5.518 pontos; o FTSE-MIB (Milão) ficou em queda de 1,30% aos 22.060 pontos; o Ibex 35 (Madri) ficou em queda de 1,39% aos 8.076 pontos; e o PSI-20 (Lisboa) ficou em queda de 1,01% a 4.604 pontos.
O petróleo referência Brent ficou em queda de 0,48% a US$47,65 o barril negociado na bolsa Mercantil de Futuros de Londres. O petróleo WTI ficou em queda de 1,03% aos US$45,06 o barril na bolsa Mercantil de Futuros, Nova York. O preço do minério de ferro negociado no Porto de Qingdao ficou em alta de 1,55% a US$131,63 a tonelada seca.

NACIONAL
ATIVIDADE, EMPREGO E RENDA
De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o PIB (produto interno bruto) do Brasil cresceu 7,7% no 3° trimestre, em comparação ao trimestre anterior, mesmo sendo inferior a meta de 9%, o resultado foi interpretado com otimismo, por retirar o país da chamada resseção técnica.
O resultado positivo tem como principal motivo o aumento do consumo das famílias e a alta da indústria, porém deve ser levado em consideração os estímulos fiscais promovidos pelo governo no período.
A Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado Federal estimou os gastos ligado ao auxílio emergencial deva chegar a R$ 267,9 bilhões e o gasto ligado ao combate a pandemia a R$ 496,8 bilhões em 2020, equivalente a 7% do PIB.
Dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) indicaram que em outubro abriram-se 395.000 vagas de emprego com carteira assinada, divulgados na última semana de novembro pelo Ministério da Economia. Sendo assim, o quarto mês seguido de alta e o melhor resultado desde 1992.

Levando em consideração os empregados e os desempregados no período citado, há um salto positivo de 1,03% em relação ao mês anterior. Porém no consolidado de 2020, o resultado permanece negativo.

SETOR PUBLICO
Em novembro a balança comercial registrou um superávit de US$ 3,732 bilhões, de acordo com o ministério da economia, o resultado do mês foi 4,7% superior ao mesmo mês do ano passado, onde o superávit foi de US$ 3,565 bilhões.
O que contribui para tal feito é a alta do dólar no ano, aproximadamente 30% no acumulado, isso contribui para a queda das importações e favorece as exportações, favorecendo o aumento do superávit comercial.

INFLAÇÃO
Com o aumento da desvalorização cambial nos últimos meses, o preço das commodities e das matérias primas vêm aumentando e causando impactos no restante de toda a cadeia produtiva por estes terem sua valorização em dólar.
Pela ótica da demanda, os efeitos do auxílio emergencial tiveram forte poder de influência sob o comportamento dos agentes econômicos, principalmente quanto ao que tange as principais necessidades daqueles que receberam o auxílio – o complemento alimentar. Não por coincidência o setor de alimentos foi o que mais disparou durante toda a pandemia, e o mês de novembro, ainda que um pouco mais distante dos períodos de pico do surto, segue sob forte pressão inflacionária devido a este aumento repentino de demanda.
Na outra ponta, produtores da indústria relatam que há falta de insumos para a confecção de bens de consumo, o que também gera maior escassez e por consequência o aumento de preços, além também do aumento do preço dos combustíveis que também tem forte potencial de disseminação inflacionária para outros bens.
Os setores mais impactados no mês de novembro segundo os principais veículos de informação, foram, como já citados, os setores de alimentos – 0,89% em novembro, o maior para o mês desde 2015, e de 12 meses 4,31% -, em que a batata inglesa foi um grande impulsionador do índice calculado pelo IBGE – com o incrível aumento de 30% -, do tomate – com uma escalada de 18.45% -, e da carne – com aumento de 6%. Fora os alimentos já mencionados, outros tiveram expressivos destaques como o óleo de soja (9,24%), o arroz (6,28%).
Em relação ao combustível, em especial a gasolina com uma alta de 1,64%, foi responsável pelo aumento do setor de transportes (1,33%), além do aumento do etanol de 9,23%.
Os dois itens somados, alimentos e transportes, representam 89% da alta total do IPCA no mês de novembro.
O IGP-M por sua vez, calculado pela FGV, sinaliza uma alta de 3,28% para o mês de novembro, com o acumulado do ano em impressionantes 21,97% e de 24,52% em 12 meses. Segundo o portal da FGV, os principais impactos foram nas commodities como o milho (de 10,98% para 21,85%), o trigo (2,32% para 19.20%), e a carne bovina (de 6,92% para 7,40%).

CÂMBIO E SETOR EXTERNO
O dólar perdeu força no mês de novembro e fechou com desvalorização de 6,82%, puxada pelo ânimo dos investidores, com um maior apetite ao risco, aliado ao ambiente externo mais tranquilo, com Biden chegando ao poder dos Estados Unidos.
O mês teve como destaque a entrada de investimentos estrangeiros na Bolsa de Valores de São Paulo, o mês de novembro registra um saldo líquido positivo de R$ 31,462 bilhões, resultado de R$ 306,937 bilhões em compras e R$ 275,474 bilhões em vendas, apesar do acumulado negativo no ano, o mês foi bem animador para os mercados, colocando em pauta assuntos relacionados ao desenvolvimento econômico, refletindo em uma taxa de câmbio menos pressionada.

RENDA FIXA
Em novembro, o destaque ficou por conta dos títulos públicos atrelados à inflação, em especifico o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), como é o caso do IMA-B 5+ (NTN-Bs com vencimento de mais de cinco anos) que obteve retorno de 2,59% no mês, o maior no período, reduzindo o acumulado no ano para -1,87%.
Na sequência de bons resultados, vem o IMA-B 5 (NTN-Bs até cinco anos), que obteve rentabilidade de 1,32% e acumula 6,10% no ano.
A rentabilidade positiva dos índices pode ser entendida como o reflexo da inflação, que vem em ascensão nos últimos meses e principalmente em novembro, levando ao aumento de procura por títulos que proteja contra os efeitos inflacionários.
Já os títulos pré-fixados, representados pela carteira do IRF-M, o sub índice IRF-M1+ (prefixado acima de um ano) rentabilizou 0,46% no período e no ano acumulando retorno de 5,24%. O IRF-M1 (prefixados até um ano) apresentou variação de 0,23% no mês e 3,52 no ano.
A taxa de juros segue no mesmo patamar dos últimos meses, em 2%, sendo prevista que se mantenha nesse nível até o final do ano pelo menos, porém a qualquer sinal de melhora dos indicadores econômicos, é de se esperar uma elevação da taxa.

RENDA VARIÁVEL
No mês de novembro, o Ibovespa foi apontado pela melhor performance entre os países emergentes com índices acionários, com alta de 26,63% em dólar, segundo o Valor Data.
Os fatores que contribuíram para o desempenho são de caráter internacional. Em primeiro lugar, as notícias sobre o desenvolvimento das vacinas contra o Covid-19, que animam os investidores que contam com a expectativa de uma solução o quanto antes. Além disso, a vitória do democrata Joe Biden sinalizou um alívio quanto a percepção de risco, o que aumenta o apetite pela busca deste risco.
Outros fatores importantes que contribuíram para o mês recorde de novembro, foi a entrada de capital estrangeiro valorizando as ações que estavam muito descontadas por conta da precificação do coronavírus no ano. E o rali nos preços das commodities, onde o minério e a celulose também viveram boas altas, favorecendo o Brasil.
O Ibovespa fechou novembro aos 108.893,32 pontos, uma alta de 15,9% durante o mês, a melhor performance para o período desde 1999.

PERSPECTIVAS
As perspectivas para o próximo mês gira em torno das atitudes dos governos dos estados após as eleições municipais, sabendo que o Brasil vive uma nova onda de contaminação, esperasse que as atitudes tomadas sejam de acordo com a situação econômica delicada que o país sem encontra.
No cenário externo, as boas notícias com vacinas e os dados econômicos acima do esperado no mês, eleva o humor dos investidores em âmbito global, aumentando o apetite por risco, não por coincidência o Brasil foi alvo de entrada de capital estrangeiro com grande volume no mês.
A expectativa é que o bom cenário permaneça, que as medidas restritivas ao redor do mundo sejam as mais eficientes, para que com o avanço da vacina e a provável distribuição em massa possam colaborar para o desenvolvimento econômico ascendente desta vez.
Por outro lado, temos que observar as ações do governo no cenário doméstico, a muitas pautas que ficaram paralisadas ao decorrer do ano e que são de extrema importâncias para o futuro do país, tendo que ser decididas e votadas em tempo recorde.
Portanto, a preocupação com o quadro fiscal, endividamento, rolagem de dívidas e teto de gastos, segue como principal pauta, caso isso aconteça, além de gerar desconfiança dos investidores estrangeiros, geraria um aumento na taxa de juros e no risco Brasil e isso não seria bom para o estado da economia atual, que já segue prejudicada.
Situação que o Brasil vem tentando evitar ao longo dos últimos anos, reconquistar os investidores estrangeiros, a partir de um quadro fiscal mais bem elaborado, uma agenda de reformas estruturais, que ocasionalmente levaria o Brasil a um controle maior sobre as receitas e gastos governamentais.
Segue no radar, o aumento dos índices de preço da economia, uma inflação que começou acelerar e que tem impactos significativos já no curto prazo.
A partir de uma visão do Banco central onde passa a ideia de que as condições continuam essencialmente as mesmas sem mudanças no quadro fiscal e que aceleração da inflação seria temporária, como principal consequência a taxa de juros pode ficar baixa por mais tempo.
O que se observa são as taxas de juros prefixadas de vencimentos mais longos acabam ficando igualmente pressionadas em níveis mais elevados, sendo a compensação exigida pelos investidores pelo fato de eventualmente a Selic ao nível de hoje estar errada e precisar ser corrigido no futuro para cima. O que nos faz entender que certos segmentos não atraem devido ao prêmio pago e podem gerar volatilidade e risco aos portifólios.
Os dados indicam uma pressão no curto prazo nos preços ao consumidor amplo e isto pode levar o Banco Central a intensificar as discussões sobre o ritmo das reformas. É provável que a qualquer sinal de melhora constante na economia, devemos ter uma elevação da SELIC, mesmo que antes do projetado.
Logo, segue no radar os sinais de abertura na curva de juros, o que nos preocupa quanto ao aumento de taxa de juros e a alta volatilidade nos títulos federais de longo prazo. Fato que não acontecia desde 2002 e que agora vem acontecendo nos últimos 2 meses, são as LFTs (Tesouro Selic) sendo negociada a taxas negativas.
O mais recomendado para o atual momento é a cautela ao assumir posições mais arriscadas no curto prazo, a volatilidade nos mercados deve se manter sem ainda a desenhar um horizonte claro, em razão principalmente pelo nosso cenário político.
Mantemos nossa recomendação de adotar cautela nos investimentos e acompanhamento diário dos mercados e estratégias. Mantemos a sugestão para que os recursos necessários para fazer frente às despesas correntes sejam resgatados dos investimentos menos voláteis (CDI, IRF-M1, IDkA IPCA 2A). Para o IMA-B que é formado por títulos públicos indexados à inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que são as NTN-Bs (Notas do Tesouro Nacional – Série B ou Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais), não estamos recomendando o aporte no segmento, alteramos a estratégia de alocação para 10% ante a 15%, sendo indicado para os RPPS que possuem porcentagem igual ou maior, aos que possuírem porcentagem inferior a 10%, recomendamos a não movimentação no segmento.
Os demais recursos mantenham-nos em “quarentena” esperando um melhor momento para realocar. Tomar decisões precipitadas enseja realizar uma perda decorrente da desvalorização dos investimentos sem possibilidades de recuperação na retomada dos mercados. Para aqueles que enxergam uma oportunidade de investir recursos a preços mais baratos, municie-se das informações necessárias para subsidiar a tomada da decisão.

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