Endividamento se acentua e pode ser um dos legados da crise do coronavírus

Endividamento se acentua e pode ser um dos legados da crise do coronavírus

País tem 60 milhões de negativados e, com a crise, um terço dos brasileiros já precisa gastar mais do que consegue ganhar.

Os primeiros efeitos da crise causada pelo novo coronavírus são visíveis nas ruas. Agora, o cenário começa a aparecer também nos dados econômicos — e, mais à frente, o que pode sobrar para as pessoas físicas é o endividamento e o nome negativado nos serviços de proteção ao crédito.

Na última semana, a Sondagem do Consumidor, publicada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), mostrou que 28,6% dos brasileiros está em situação de “estresse financeiro”. O indicador mede a parcela da população que está gastando suas reservas ou se endividando para pagamentos correntes.

Medido desde 2009, o percentual referente a abril deste ano é o novo recorde. Em junho de 2016, um dos momentos mais dramáticos do biênio de recessão no país, o índice anotava 28,5%. Em relação a março, o aumento foi de 5,3 pontos percentuais.

O estresse financeiro dá as primeiras mostras da redução de renda no país, mesmo com as medidas tomadas pelo governo de injeção de recursos na economia. Tanto o auxílio emergencial de R$ 600, quanto o benefício pago a quem teve jornadas e salários reduzidos não conseguiram repor os ganhos anteriores à crise.

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