CREDITO E MERCADO – NOSSA VISAO

NOSSA VISÃO – 06/12/2021

RETROSPECTIVA

Essa semana apresentou uma alta volatilidade no mercado global, tendo em vista as notícias em torno da nova variante do covid-19, a Omicron. Embora tal volatilidade o Ibovespa registrou uma alta acumulada de 2,78% nessa semana.

Com o surgimento da nova cepa os mercados financeiros apresentaram volatilidade com receio da recuperação econômica global, tendo em vista que, no exterior os países já começavam a retornar dos lockdowns provocados pela variante delta da covid-19.

Aumentou o número de países que registraram casos da variante ômicron, mas os cientistas ainda não sabem qual a gravidade da doença ou o nível de proteção proporcionado pelas vacinas contra Covid-19 já existentes.

Nessa semana também tivemos a divulgação do resultado do PIB, o qual caiu 0,1% no terceiro trimestre, confirmando assim a entrada do país em uma nova recessão técnica, devido aos últimos dois trimestres terem registrado retração no PIB.

Foi aprovada a PEC dos Precatórios com alterações por parte do Senado, sendo assim, a proposta volta para apreciação na Câmara dos Deputados. A reação do mercado foi positiva, pois por mais que a PEC represente um furo no teto de gasto tem sido vista como limitadora dos gastos do governo.

Nos EUA, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que o banco central provavelmente discutirá uma redução no seu programa de estímulo durante sua reunião no final deste mês, aumentando a especulação de que a elevação das taxas de juros também seria levada em discussão.

RELATÓRIO FOCUS

Para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a projeção subiu, de 10,15% para 10,18% em 2021. Para 2022, a previsão para o IPCA também subiu, de 5,00% para 5,02%. Para 2023, as estimativas aumentaram de 3,42% para 3,50%. Para 2024, as projeções ficaram em 3,10%.

A projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) caiu de 4,78% para 4,71% em 2021. Para 2022, a estimativa caiu de 0,58% para 0,51%. Para 2023 a projeção caiu de 2,00% para 1,95% e para 2024, as projeções subiram de 2,00% para 2,10%.

Para a taxa de câmbio, a estimativa subiu de R$5,50 para R$5,56. Para 2022, o valor subiu de R$5,50 para R$ 5,55. Para 2023, a projeção aumentou de R$5,35 para R$5,40. No ano seguinte, o valor manteve em R$5,30.

Para a taxa Selic, os analistas mantiveram a projeção em 9,25% para 2021. Em 2022, a projeção manteve em 11,25%. No ano seguinte, a projeção foi subiu de 7,75% para 8,00% e em 2024 se manteve em 7,00%.

 

PERSPECTIVA

Nessa semana o foco estará voltado para a divulgação dos dados oficiais de inflação. Lembrando que o IPCA anual divulgado em outubro foi de 10,67% e a perspectiva do mercado é que em novembro avance para 10,89%.

Além disso, teremos na quarta-feira a definição da taxa Selic que hoje está em 7,75%, e a projeção do mercado é um novo aumento visando frear a inflação.

Quanto as expectativas com relação ao Brasil, passa por um processo de imunização mais eficiente. Teremos que acompanhar as decisões do Bancos Centrais em relação a política monetária, que indica seguir com medidas contracionistas, tendo em vista o plano de vacinação em prática, a aceleração da inflação e os estímulos que seguem sendo despejados na economia.

Os dados indicam uma pressão persistente nos preços ao consumidor amplo e isto pode levar o Banco Central a intensificar as discussões sobre o ritmo das reformas.

Podendo se esperar mais mudanças na taxa de juros no futuro próximo, como já é adiantado no relatório semanal do Banco central.

A partir disso, teremos que avaliar o andamento de reformas e em qual intensidade será elaborada.

A preocupação com o quadro fiscal, o grave endividamento e teto de gastos, segue sendo o principal foco, devido as recentes manobras do governo para amplia-lo.

Caso o desajuste fiscal aconteça, além de gerar desconfiança dos investidores estrangeiros, geraria um aumento inesperado e brusco na taxa de juros, por esse motivo, e do risco Brasil, fato que seria prejudicial para a o momento atual da economia.

Situação que o Brasil vem tentando evitar ao longo dos últimos anos, reconquistar os investidores estrangeiros, a partir de um quadro fiscal mais bem elaborado, uma agenda de reformas estruturais, que ocasionalmente levaria o Brasil a um controle maior sobre as receitas e gastos governamentais.

O mais recomendado para o atual momento é a cautela ao assumir posições mais arriscadas no curto prazo, a volatilidade nos mercados deve se manter sem ainda a desenhar um horizonte claro, em razão principalmente pelo nosso cenário político.

Mantemos nossa recomendação de adotar cautela nos investimentos e acompanhamento diário dos mercados e estratégias. Mantemos a sugestão para que os recursos necessários para fazer frente às despesas correntes sejam resgatados dos investimentos menos voláteis (CDI, IRF-M1, IDkA IPCA 2A). Para o IMA-B que é formado por títulos públicos indexados à inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que são as NTN-Bs (Notas do Tesouro Nacional – Série B ou Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais), não estamos recomendando o aporte no segmento, com a estratégia de alocação em 5%, sendo indicado para os RPPS que possuem porcentagem igual ou maior, aos que possuírem porcentagem inferior a 5%, recomendamos a não movimentação no segmento. Para aqueles que enxergam uma oportunidade de investir recursos a preços mais baratos, municie-se das informações necessárias para subsidiar a tomada da decisão.

 

 

 

 

 

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