CREDITO E MERCADO NOSSA VISÃO – 28/03/2022

NOSSA VISÃO – 28/03/2022

RETROSPECTIVA

O Ibovespa, principal indicador de desempenho das ações negociadas na B3 fechou mais um período semanal com ganhos, acumulando 3,27%, o que representa 119.395,60 pontos – já na semana anterior, havia avançado 3,22%.

Dólar comercial, pelo oitavo dia seguido a moeda americana fechou em queda nesta sexta-feira (25), cotado a R$ 4,747 na venda, registrando o menor valor para um período de dois anos, desde 11 de março de 2020, quando havia sido cotada a R$ 4,723. Para a respectiva semana, a moeda registrou uma desvalorização acumulada ante a moeda nacional de 5,35%, pontando para o quarto recuo semanal seguido.

Também no encerramento da semana anterior, os preços do barril de petróleo registraram novas altas, o preço do petróleo Brent registrou alta de 1,4%, para 120,65 dólares o barril, já o petróleo bruto dos EUA (WTI) encerrou em alta de 1,4%, indo para 113,90 dólares.

Em nota divulgada pela secretária de Energia dos Estados Unidos, Jennifer Granholm, durante encontro com ministros de energia de todo o mundo, realizado na Agência internacional de Energia (AIE), foi discutida a necessidade de realizar a liberação parcial das reservas de petróleo dos Estados Unidos como forma de arrefecer os preços da commodities, como resposta aos efeitos produzidos pelo conflito entre Rússia e Ucrânia.

Na semana passada, uma instalação de armazenamento de petróleo da Saudi Aramco em Jeddah, foi atingida por ataques de drones e foguetes pelo movimento Houthi do Iêmen, o que resultou em cotações mais pressionada para o valor do petróleo no fechamento da semana.

RELATÓRIO FOCUS

Para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a projeção aumentou de 6,59% para 6,86% em 2022. Para 2023, a previsão para o IPCA aumentou de 3,75% para 3,80%. Para 2024, as estimativas subiram de 3,15% para 3,20%. Para 2025, as projeções ficaram em 3,00%.

A projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) manteve-se em 0,50% para 2022 e para 2023, em 1,30%. Assim como para 2024 a projeção se manteve em 2,00%, e para 2025, permanecendo em 2,00%.

Para a taxa de câmbio em 2022, o valor caiu de R$5,30 para R$5,25. Para 2023, a projeção diminuiu de R$ 5,22 para R$5,20. Para o ano de 2024, a projeção permaneceu em R$ 5,20, assim como em 2025 a projeção ficou em R$5,20.

Para a taxa Selic, a projeção permaneceu a mesma em todas as projeções anuais, em 13% em 2022, em 9% para 2023, ficando em 7,50% para 2024. Fechando as projeções da semana, a projeção para a taxa Selic manteve-se em 7% para o ano de 2025.

Sobre a nossa ótica, mantivemos a não recomendação de fundos de longuíssimo prazo (IMA-B 5+ E IDKA 20A), 5% em fundos de longo prazo (IMA-B TOTAL E FIDC/ CRÉDITO PRIVADO/ DEBÊNTURE) e 30% em fundos Gestão Duration. Diante da expectativa de alta na taxa de juros fundos atrelados ao CDI tendem a ter bom desempenho, indicamos uma exposição de 15% em fundos de curto prazo (CDI), enquanto os fundos de médio prazo representam 10% de acordo com a nossa alocação tática.

Em relação aos fundos pré-fixados, não recomendamos a estratégia, pois diante da expectativa de alta na taxa de juros o desempenho destes fundos tende a ser afetado. Mantemos a sugestão para que os recursos necessários para fazer frente às despesas correntes sejam resgatados dos investimentos menos voláteis (IRF-M1, IDkA, IPCA 2A). Já para os títulos públicos, seguindo nossa ótica e diante das seguidas elevações na taxa de juros demonstram ser uma boa oportunidade. Recomendamos que a exposição seja feita primeiramente utilizando a marcação à mercado, e posteriormente quando atingindo o valor esperado, seja feita a transferência para marcação na curva.

Uma alternativa que vem se mostrando forte nos últimos tempos, e que possui boa expectativa, é a diversificação em fundos de investimento no exterior, recomendamos primeiramente a exposição em fundos com hedge com 5% para posteriormente realizar uma entrada gradativa em fundos que não utilizam hedge cambial também com 5%. Quanto a fundos de ações atrelados a economia doméstica recomendamos a entrada gradativa de modo que o investidor fique atento a oportunidades da bolsa de valores, construindo um preço médio mais atrativo. Quanto a fundos de ações atrelados a economia doméstica recomendamos a entrada gradativa de modo que o investidor fique atento a oportunidades da bolsa de valores, construindo um preço médio mais atrativo. Para aqueles que enxergam uma oportunidade de investir recursos a preços mais baratos, municie-se das informações necessárias para subsidiar a tomada da decisão.

PERSPECTIVAS

O destaque nacional para semana será a apresentação dos dados pertinentes a arrecadação governo central, o resultado do setor público consolidado. O calendário nacional para essa semana também conta com dados referente as transações correntes divulgados pelo Banco Central, dados sobre os investimentos estrangeiros Direto, ambos apresentados nesta segunda-feira (28). Já na terça-feira (29), será divulgado o índice de evolução do emprego do CAGED, além da inflação medida pelo IGP-M referente a março.

No exterior, os destaques para essa semana serão os dados de inflação de fevereiro (PCE, medida preferida pelo FED, e os dados de emprego de março (payroll).

Zona do Euro, contará com a prévia da inflação ao consumidor e na China, o destaque serão os indicadores da atividade de março.

Para o curto prazo, mantemos as nossas atenções direcionadas tanto para os dados macroeconômicos divulgados nessa semana, quanto para os noticiários envoltos aos conflitos entre Rússia e Ucrânia, ainda sem um claro cenário para futuros desfechos, além das tratativas americanas quanto as questões envolvendo os níveis globais do petróleo que, por sua vez, podem refletir significativamente na inflação e no desenvolvimento econômico interno e mundial.

Ainda no curto prazo, verificamos a tendência do viés de valorização do real frente ao dólar, conforme acompanhado nas semanas anteriores, devido principalmente a elevação da de juros e o ótimo desempenho apresentado pelo agronegócio, assim como o possível e contínuo pressionamento nos preços do barril de petróleo.

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