CREDITO E MERCADO NOSSA VISÃO – 24/05/2021

NOSSA VISÃO – 24/05/2021

RETROSPECTIVA

Semana próxima a estabilidade para os mercados globais, o foco girou em torno das atas do Federal Reserve, da divulgação de alguns indicadores de atividade em torno do mundo e a preocupação em relação a pandemia, devido o aumento no número de infecções, podendo ser explicado por uma possível nova cepa indiana do vírus.

Nos Estados Unidos, os indicadores divulgados (PMI composto e as vendas de imóveis) evidenciaram que a economia norte-americana se recupera com força, levando a expectativa de crescimento a 6% em 2021.

A ata da reunião do Fomc não revelou nenhuma novidade em relação a política monetária, porém apresentou um viés mais hawkish, que significaria manter uma política monetária austera, com taxas de juros mais altas e, assim, menor demanda e inflação mais controlada.

Além do consenso em que se faz necessário discutir a redução do ritmo compra de ativos, que em tese será discutido ao longo das próximas reuniões.

Nunca se falou tanto de inflação no mundo, acendendo um alerta nos investidores e gerando incertezas no mercado, gerando volatilidade e um clima de aversão ao risco, fato é que os investidores esperam novos gatilhos para assumir posições mais agressivas.

Em relação a pandemia, os norte-americanos, de acordo com o site Our World in Data, tem aproximadamente 40% da população totalmente vacinada, chegando próximo ao que seria uma imunização de rebanho, acelerando a recuperação econômica e gerando muito otimismo por lá.

Por aqui, o Ibovespa fechou próximo a estabilidade, sendo puxado negativamente pela queda das commodities e se recuperando com as ações ligadas ao setor financeiro e com a forte alta da BRF.

Pesou nos mercados também a nova metodologia para os vencimentos de opções, seguindo a tendência internacional de vencimentos, onde a partir desse mês a negociação acontece na terceira sexta-feira do mês estipulado.

O depoimento do Ex-ministro da saúde Eduardo Pazuello pela CPI da Covid19 seguiu como pano de fundo enquanto o foco seguia para o exterior. O dólar voltou a apresentar valorização frente ao real em meio a instabilidade política e inflação nos estados unidos.

Em meio as instabilidades, o índice que espelha a nossa economia real se valorizou em meio a reta final da safra de resultados corporativos e com a sinalização de melhora para o PIB adiantado pelo relatório focus.

Na Europa, o clima positivo sem mantem, os bons resultados corporativos, os dados PMIs e a agenda de vacinação se mostrando eficiente tem contribuído para o sustentar os ganhos nos mercados, uma vez que a reabertura se faz cada vez mais presente por lá.

Na Ásia teve papel importante nos mercados em relação as criptomoedas, anunciando o bloqueio do Bitcoin por lá, com a intenção de evitar riscos no setor financeiros por lá, fato que gerou muita volatilidade nesse mercado e levantando discussões.

Em resumo, o Ibovespa fechou em tímida alta de 0,58% e o dólar apresentou valorização de 1,55%. Os índices americanos Dow Jones e Nasdaq fecharam em queda de 0,50% e alta de 0,30%.

RELATÓRIO FOCUS

Para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a projeção subiu de 5,15% para 5,24%. Para 2022, a previsão para o IPCA também subiu, de 3,64% para 3,67%. Para 2023 e 2024, as estimativas ficaram em 3,25%.

A projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) subiu, de 3,45% para a 3,52% em 2021. Para 2022, a estimativa caiu, 2,38% para 2,30%. Para 2023 e 2024, as projeções ficaram em 2,50%.

A taxa de câmbio ficou em R$5,30 em 2021. Para 2022, o valor caiu de R$5,35 para R$5,30. Para 2023, a projeção ficou em R$5,20. Em 2024, a taxa saiu de R$5,10 para R$5,08.

Para a taxa Selic, os analistas mantiveram os 5,50% em 2021, a estimativa ficou em 6,50% em 2022. Para os próximos dois anos seguintes, a projeção foi mantida para 6,50%

PERSPECTIVA

Observaremos durante a semana o desenrolar da CPI do Covid, que vem apresentando um grau de sensibilidade considerável em relação aos ativos de risco do Brasil, além do discurso de Brainard e George, membros do FOMC.

No Brasil, aguardaremos durante a semana, a divulgação do IPCA-15, taxa de desemprego e o IGPM.

As expectativas positivas em relação ao Brasil, passam por um processo de imunização mais eficiente.

Teremos agora que acompanhar as decisões do Bancos Centrais em relação a política monetária, que indica seguir com medidas contracionistas, tendo em vista o plano de vacinação em prática, a aceleração da inflação e os estímulos que seguem sendo despejados na economia.

Os dados indicam uma pressão no curto prazo nos preços ao consumidor amplo e isto pode levar o Banco Central a intensificar as discussões sobre o ritmo das reformas.

Podendo se esperar mais mudanças na taxa de juros no futuro próximo, como já é adiantado no relatório semanal do Banco central.

A partir disso, teremos que avaliar o andamento de reformas e em qual intensidade será elaborada, agora com a Câmara e Senado definido.

Devemos observar também o processo de imunização da população brasileira com novas vacinas podendo entrar no plano inicial e agora com possível produção nacional com a ButantanVac.

A preocupação com o quadro fiscal, o grave endividamento e teto de gastos, restando apenas esperar que o acordado seja respeitado, caso o desajuste fiscal aconteça, além de gerar desconfiança dos investidores estrangeiros, geraria um aumento inesperado e brusco na taxa de juros, por esse motivo, e do risco Brasil, fato que seria prejudicial para a o momento atual da economia.

Situação que o Brasil vem tentando evitar ao longo dos últimos anos, reconquistar os investidores estrangeiros, a partir de um quadro fiscal mais bem elaborado, uma agenda de reformas estruturais, que ocasionalmente levaria o Brasil a um controle maior sobre as receitas e gastos governamentais.

Apesar de todas as oscilações de mercado, as expectativas seguem sendo o plano de vacinação contra a Covid-19 e toda a pauta de reforma que segue sem definição pelo governo.

O mais recomendado para o atual momento é a cautela ao assumir posições mais arriscadas no curto prazo, a volatilidade nos mercados deve se manter sem ainda a desenhar um horizonte claro, em razão principalmente pelo nosso cenário político.

Mantemos nossa recomendação de adotar cautela nos investimentos e acompanhamento diário dos mercados e estratégias. Mantemos a sugestão para que os recursos necessários para fazer frente às despesas correntes sejam resgatados dos investimentos menos voláteis (CDI, IRF-M1, IDkA IPCA 2A). Para o IMA-B que é formado por títulos públicos indexados à inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que são as NTN-Bs (Notas do Tesouro Nacional – Série B ou Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais), não estamos recomendando o aporte no segmento, com a estratégia de alocação em 5%, sendo indicado para os RPPS que possuem porcentagem igual ou maior, aos que possuírem porcentagem inferior a 5%, recomendamos a não movimentação no segmento. Para aqueles que enxergam uma oportunidade de investir recursos a preços mais baratos, municie-se das informações necessárias para subsidiar a tomada da decisão.

* Aos clientes que investem em Fundos de Participações e Fundos Imobiliários em percentual superior a 2,5% em cada, reduzir a exposição aos Fundos de Ações na proporção desse excesso.

Indicadores Diário – 21/05/2021

Índices de Referência – Abril/2021

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