CREDITO E MERCADO NOSSA VISÃO – 16/05/2022

NOSSA VISÃO – 16/05/2022

Retrospectiva

O Ibovespa encerrou a semana do dia 09 de maio com saldo positivo de 1,7%, com quase 107.000 pontos em uma semana marcada por muita volatilidade tanto no mercado doméstico e quanto no mercado global, no qual, apesar de buscar um fortalecimento na sexta feira e os índices darem uma melhorada, não foi suficiente para que a semana fechasse no positivo nos índices do exterior.

Além disso, um dos principais assuntos que tomaram as manchetes foi o resultado divulgado do IPCA do mês de abril, que atingiu a marca de 1,06% (maior marca dos últimos 26 anos) e 12,3% no acumulado de 12 meses.

Apesar disso, o Banco Central publicou sua ata informando que o ciclo de aperto monetário deve estar próximo do fim.

Ainda sobre inflação, porém nos EUA, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) se elevou a um ritmo anual de 8,3% (maior resultado dos últimos 40 anos), o que corrobora com o que foi dito pelo presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que a inflação do dólar não é tão transitória assim, como era dito no auge da pandemia.

Tivemos a evasão de investidores estrangeiros no Brasil, que encerrou a semana registrando um número de 2,8 Bilhões de reais de saída do país.

Já o câmbio, finalizou a semana com dólar performando frente ao real em R$5,06, uma alta variação se considerarmos como abrimos a semana passada, que foi em R$5,16.

Relatório Focus

A greve de alguns colaboradores do Banco Central afetou a divulgação do Boletim Focus da semana. Os trabalhadores querem reajustes de 5% no salário para todo o funcionalismo federal a partir de julho.

Expectativas

Nesta semana será divulgado a taxa de inflação IGP-10, a qual possui projeção de 0,4%.

Nos EUA, será divulgado os dados de venda do varejo do mês de abril. Além disso, O presidente do Fed, Jerome Powell, fará um pronunciamento sobre as taxas de juros no curto prazo.

O Japão divulgará o PIB trimestral do país. Já o Reino Unido e a Zona Euro irão divulgar o CPI (Índice de Preços ao Consumidor) anual e mensal.

Quanto a nossa recomendação, permanece a sugestão de cautela ao assumir posições mais arriscadas no curto prazo, a volatilidade nos mercados deve se manter ainda sem desenhar um horizonte claro, em razão principalmente pelo nosso cenário político.

Sobre a nossa ótica, mantivemos a não recomendação de fundos de longuíssimo prazo (IMA-B 5+ E IDKA 20A), 5% em fundos de longo prazo (IMA-B TOTAL E FIDC/ CRÉDITO PRIVADO/ DEBÊNTURE) e 30% em fundos Gestão Duration.

Diante da expectativa de alta na taxa de juros fundos atrelados ao CDI tendem a ter bom desempenho, indicamos uma exposição de 15% em fundos de curto prazo (CDI), enquanto os fundos de médio prazo representam 10% de acordo com a nossa alocação tática.

Em relação aos fundos pré-fixados, não recomendamos a estratégia, pois diante da expectativa de alta na taxa de juros o desempenho destes fundos tende a ser afetado. Mantemos a sugestão para que os recursos necessários para fazer frente às despesas correntes sejam resgatados dos investimentos menos voláteis (IRF-M1, IDkA IPCA 2A).

Já para os títulos públicos, seguindo nossa ótica e diante das seguidas elevações na taxa de juros demonstram ser uma boa oportunidade. Recomendamos que a exposição seja feita primeiramente utilizando a marcação à mercado, e posteriormente quando atingindo o valor esperado, seja feita a transferência para marcação na curva.

Uma alternativa que vem se mostrando forte nos últimos tempos, e que possui boa expectativa, é a diversificação em fundos de investimento no exterior, recomendamos primeiramente a exposição em fundos com hedge com 5% para posteriormente realizar uma entrada gradativa em fundos que não utilizam hedge cambial também com 5%.

Quanto a fundos de ações atrelados a economia doméstica recomendamos a entrada gradativa de modo que o investidor fique atento a oportunidades da bolsa de valores, construindo um preço médio mais atrativo.

Para aqueles que enxergam uma oportunidade de investir recursos a preços mais baratos, municie-se das informações necessárias para subsidiar a tomada da decisão.

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