Copom reduz taxa básica de juros de 5% para 4,5% ao ano

Por Yvna Sousa, TV Globo — Brasília

11/12/2019 18h21  Atualizado há 11 hora

O COPOM reduziu a taca básica de juros para 4,5% ao ano

O COPOM reduziu a taca básica de juros para 4,5% ao ano

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu nesta quarta-feira (11) reduzir a taxa básica de juros de 5% para 4,5% ao ano. A redução já era esperada pelos analistas do mercado financeiro.

Com a decisão, a Selic atingiu o menor percentual desde a adoção do regime de metas para a inflação, em 1999. O atual ciclo de redução dos juros começou em julho deste ano.

Taxa Selic
considerando as datas de reunião do Copom
em %7,257,257,257,258899101010,7510,75111111,7511,7512,7512,7513,7513,7514,2514,2514,2514,2514,2514,251414131312,2512,2511,2511,2510,2510,259,259,258,258,257,57,56,756,756,56,56,56,56,56,56,56,56,56,56655taxa de jurosout/12jan/13abr/13jul/13out/13jan/14abr/14jul/14out/14jan/15abr/15jul/15out/15jan/16abr/16jul/16out/16jan/17abr/17jul/17out/17fev/18mai/18ago/2018nov/18fev/19mai/19jul/19out/192,557,51012,515
Fonte: BC

Em comunicado, o Copom não sinalizou a possibilidade de um novo corte, sugerindo o fim do atual ciclo de redução dos juros, iniciado em julho deste ano.

“O Copom entende que o atual estágio do ciclo econômico recomenda cautela na condução da política monetária. O Comitê enfatiza que seus próximos passos continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação”, diz o comunicado divulgado após a reunião.

Cenário econômico

No comunicado, o comitê avaliou que a recuperação da economia “ganhou tração”, principalmente se comparado com o primeiro trimestre do ano. “O cenário do Copom supõe que essa recuperação seguirá em ritmo gradual”, diz o texto.

Além disso, considera que houve uma melhora no cenário externo, que se tornou “relativamente favorável para as economias emergentes” desde a última reunião, em outubro.

Selic e inflação

O Copom se reúne a cada 45 dias para definir a Selic, buscando o cumprimento da meta de inflação. A meta é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

A meta central de inflação para 2019 é de 4,25% e, como o sistema prevê margem de tolerância, será considerada formalmente cumprida se ficar entre 2,75% e 5,75%. Para 2020, o objetivo central de inflação é de 4% (tolerância entre 2,5% e 5,5%).

Quando a inflação está alta ou indica que ficará acima da meta, o Copom eleva a Selic. Dessa forma, os juros cobrados pelos bancos tendem a subir, encarecendo o crédito e freando o consumo, assim, reduzindo o dinheiro em circulação na economia. Com isso, a inflação tende a cair.

Se as estimativas para a inflação estiverem em linha com a meta, como ocorre no cenário atual, é possível reduzir os juros. Isso estimula a produção e o consumo.02:46

Redução dos juros tem sido fundamental na recuperação da construção civil

Redução dos juros tem sido fundamental na recuperação da construção civil

102
comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie. Leia as perguntas mais frequentes para saber o que é impróprio ou ilegal.

recentes

populares

  • Marcos Dessa

    HÁ 7 HORAS

    Só pra ficar mais claro: 70% de 4,5% dá 3,15%, enquanto a inflação está em aproximadamente 3,84% ao ano. Então, é isso que sua poupança vai “render”: uma diminuição de 0,7% em um ano. Precisa desenhar? A menos que seja um investidor, você já está perdendo dinheiro, mesmo no banco.

    • Thiago Iath

      HÁ 3 HORAS

      Simples. Não invista em poupança… Peça consultoria de um especialista.. o mercado está cheio de oportunidades tanto na renda fixa quanto na variável. Debêntures, fundos de crédito privado, fundos de ações, ETFs… Enfim, é só escolher o que melhor se enquadra ao seu perfil…

    • Josh Dilson

      HÁ 2 HORAS

      Na verdade a poupança vai perder muito maís porque os dados informados nunca são reais.

Veja também

Bahia Meio Dia – Salvador

Professora é vítima de racismo na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Aluno foi flagrado se negando a receber um papel das mãos da docente em sala de aula.

11 de dez de 2019 às 11:00

PróximoGols do Fantástico: veja quem sobe, quem desce e a classificação final do Brasileirão
Mais do G1

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui