No dia anterior, o Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,36%, a 116.247 pontos.O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta nesta quinta-feira (9), tendo de pano de fundo um cenário externo de menor nervosismo, em meio ao alívio nas tensões EUA-Irã e na expectativa da assinatura do acordo comercial entre Washington e Pequim.Às 10h53, o Ibovespa subia 0,28%, a 116.567 pontos. Veja mais cotações.Entre as principais altas, Marfrig avançava mais de 4% e Braskem subia acima de 3%.No dia anterior, o Ibovespa encerrou o dia em queda de 0,36%, a 116.247 pontos. Foi a quarta sessão de queda consecutiva, com os papéis da Petrobras e de bancos novamente entre as maiores pressões de baixa.Apesar de o Ibovespa ter engatando a quarta queda consecutiva, agentes de mercado têm citado que a volatilidade recente configura uma oportunidade de realização de ganhos, que eles veem como sadia, destaca a Reuters. Em 2019, a alta do Ibovespa superou 30%.”A bolsa teve um rali impressionante em dezembro (quando o Ibovespa subiu quase 7%), é natural que experimente um momento de acomodação nos preços”, disse à agência o gestor Ricardo Campos, sócio-fundador da Reach Capital.Entre analistas e gestores, de modo geral, continua a percepção de que o mercado acionário brasileiro permanece com bons fundamentos, em meio a perspectivas de recuperação da economia brasileira e de taxas de juros ainda baixas.De acordo com o gestor Guilherme Foureaux, sócio na Paineiras Investimentos, o começo do ano é sempre marcado por expectativa de fluxos e construção de portfólios, e o movimento recente pode ser visto como realização de lucros.
Cenário internacional
No cenário internacional, os destaques são o recuo de uma escalada militar no Oriente Médio e China acenar com acordo comercial com os EUA em Washington na próxima semana.Na véspera, o presidente americano, Donald Trump, anunciou novas sanções ao Irã, em vez de uma ação militar imediata, e disse que os Estados Unidos estão “prontos para abraçar a paz com todos que a buscam”.Na China, o Ministério do Comércio anunciou nesta quinta-feira que o vice-primeiro-ministro da China, Liu He, chefe da equipe de negociação do país na disputa comercial com os Estados Unidos, assinará a fase 1 do acordo em Washington na próxima semana.De acordo com Ricardo Gomes da Silva, superintendente da Correparti Corretora, apesar do alívio que essas manchetes trazem aos investidores, “até que esses eventos sejam formalmente anunciados e assinados, o mercado vai ficar mais ou menos nesse nível atual”.
Cenário local
No cenário doméstico, o mercado repercute o resultado pior do que o esperado para a produção industrial em novembro. Após três meses seguidos de alta, a indústria registrou queda de 1,2% em novembro, na comparação com outubro. Trata-se do maior recuo mensal desde março (-1,4%) e o pior novembro desde 2015, quando a indústria caiu 1,9%.
