NOSSA VISÃO – CREDITO E MERCADO

RETROSPECTIVA

Segundo dados divulgados, o IBC-Br, índice de Atividade Econômica do Banco Central, que é considerado uma prévia do PIB, caiu 0,11% entre maio e abril, indo contra o mercado, que projetava uma alta de 0,1% no índice, que soma uma alta de 3,74% nos últimos 12 meses.

Com a aprovação da PEC dos Auxílios na Câmera dos Deputados, anunciada semana passada, o governo poderá aumentar os gastos sociais além do teto constitucional, uma vez que foi reconhecido estado de emergência até o final de 2022, causando um impacto de 41 bilhões de Reais. Devido a isso, os riscos fiscais vêm comprimindo o prêmio de risco dos ativos brasileiros, e resultando também na desvalorização do Real perante o Dólar, que fechou a semana em R$ 5,41.

Foi aprovado pelo Plenário do Congresso Nacional, o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2023, com salário-mínimo de R$ 1.294,00, o mesmo segue para sanção presidencial.

Segundo dados do Serasa, a inadimplência bateu novo recorde e o Brasil atingiu a marca de 66,6 milhões de brasileiros endividados, um número muito preocupante.

O Índice Bovespa fechou a semana em queda, na casa dos 96 mil pontos. E a B3, bolsa de valores brasileira, reportou uma queda de 25% no volume diário de ações negociadas em junho com relação ao ano de 2021.

No cenário internacional, se destaca a inflação nos EUA, que fez nova máxima desde 1981, atingindo 9,1%, no acumulado dos últimos 12 meses, indiciando pressões disseminadas e uma possível elevação da taxa de juros. O índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos (CPI), subiu 1,3% entre maio e junho, acima da expectativa de mercado, que apontava 1,1%.

A probabilidade de alta de juros nos EUA, acentuou a volatilidade nos mercados de ações e commodities.

Outro destaque foi o PIB da China que ocorreu uma desaceleração no 2º trimestre impactado pelos “lockdows” e cresceu somente 0,4%, onde tinha a expectativa de crescimento entre 0,9% e 1%.

A Guerra Rússia x Ucrânia, segue sem sinal de trégua, inclusive com novos ataques de mísseis russos à centros urbanos ucranianos.

Na Europa, a crise de energia elétrica se alastra, com manutenção no gasoduto que transporta gás russo para Alemanha.

O Governo brasileiro sinalizou que pretende comprar diesel da Rússia, aproveitando descontos no preço. Segundo o Ministro das Relações Exteriores, Carlos França, a ideia seria comprar a maior quantidade possível, para baratear o preço do diesel no mercado interno. Porém, de acordo com Sérgio Araújo, presidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), tais operações são inviáveis, pois dependeriam de um acordo diplomático que inclua os Estados Unidos, o que é improvável.

RELATÓRIO FOCUS

Para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a projeção diminuiu de 7,67 % para 7,54% em 2022. Para 2023, a previsão para o IPCA aumentou de 5,09 % para 5,20%. Para 2024, as estimativas permanecem na casa dos de 3,30%. Para 2025, as projeções ficaram em 3,00%.

A projeção para o PIB (Produto Interno Bruto) é em 1,75% para 2022 e para 2023, em 0,50%. Assim como para 2024 a projeção permanece na casa dos 1,80%, e para 2025, ficando na casa dos 2,00%.

Para a taxa de câmbio em 2022, o valor estagnou em R$5,13. Para 2023, a projeção se manteve R$ 5,10. Para o ano de 2024, a projeção diminuiu de R$ 5,06 para R$5,05, assim como em 2025 a projeção ficou em R$5,14.

Para a taxa Selic, a projeção permaneceu a mesma em todas as projeções anuais, em 13,75% em 2022, em 10,75% para 2023, ficando em 8,00% para 2024. Fechando as projeções da semana, a projeção para a taxa Selic manteve-se em 7,50% para o ano de 2025.

 

EXPECTATIVAS

No Brasil, os destaques serão a arrecadação federal de junho, o monitor do PIB da FGV e a segunda prévia do IGP-M de julho.

Crescem os temores de que a estatal russa de energia que administra o oleoduto, (Gazprom) aproveite a oportunidade a crise na Europa de energia elétrica, para estender a paralisação, especialmente porque a União Europeia está se preparando para impor um embargo gradual ao petróleo russo e proibir o transporte marítimo seguro para qualquer petroleiro que transporta petróleo russo.

Durante a semana serão divulgados índices de gerentes compras (PMIs) dos países desenvolvidos.

Quanto a nossa recomendação, sugerimos cautela ao assumir posições mais arriscadas no curto prazo, a volatilidade nos mercados deve se manter ainda sem desenhar um horizonte claro, em razão principalmente pelo nosso cenário político.

Porém, os títulos públicos principalmente na parte curta, além de fundos de vértice, muitos RPPS aderiram por conta da recessão e havendo oportunidades a quem quiser ingressar.

Mantivemos a não recomendação de fundos de longuíssimo prazo (IMA-B 5+) 5% em fundos de longo prazo (IMA-B TOTAL E FIDC/ CRÉDITO PRIVADO/ DEBÊNTURE) e 25% em fundos Gestão Duration.

No desempenho de renda fixa, médio prazo além dos índices pôs fixados (IDKA IPCA 2A e IMA-B 5) recomendamos também a entrada gradativa em fundos atrelados ao IRF-M, chegando ao patamar de 5%.

Quanto a exposição em curto prazo, recomendamos fundos atrelados ao CDI e também ao IRF-M1 na totalidade de 15%.

Com o COPOM sinalizando que deve continuar com ciclo de alta em menor proporção e posteriormente uma manutenção se a inflação continuar resistente mediante a política de juros, pode se entender que o mercado está precificando que os índices em médio prazo irão cair, passando parte da nossa estratégia para pré-fixados.

Uma alternativa que vem se mostrando forte nos últimos tempos, e que possui boa expectativa, é a diversificação em fundos de investimento no exterior, recomendamos a exposição de 10% em fundos que não utilizam hedge cambial.

Quanto a fundos de ações atrelados a economia doméstica recomendamos a entrada gradativa de modo que o investidor fique atento a oportunidades da bolsa de valores, construindo um preço médio mais atrativo.

Para aqueles que enxergam uma oportunidade de investir recursos a preços mais baratos, municie-se das informações necessárias para subsidiar a tomada da decisão.

INVESTIDOR COMUM – SEM PRÓ GESTÃO

 

* Aos clientes que investem em Fundos de Participações e Fundos Imobiliários em percentual superior a 2,5% em cada, reduzir a exposição aos Fundos de Ações na proporção desse excesso.

PRÓ GESTÃO NÍVEL 1

 

* Aos clientes que investem em Fundos de Participações e Fundos Imobiliários em percentual superior a 2,5% em cada, reduzir a exposição aos Fundos de Ações na proporção desse excesso.

PRÓ GESTÃO NÍVEL 2

 

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PRÓ GESTÃO NÍVEL 3

 

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